Capitulo 5 - Pelos olhos de quem vê

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Malu Narra:

Sinceramente esse Eduardo, estava tentando me tirar do sério. Será que ele e Lauro estavam mancomunados para me enlouquecer? Só podia ser. Respondi categoricamente que após a reunião com os australianos eu os levarei a uma churrascaria, pois um dos meus contatos me informou que todos tinham uma expectativa de conhecer alguns lugares aqui no Rio e uma churrascaria estava nos planos.

Eduardo não aceitou de bom grado o meu não e começamos uma briga, mas o porquê eu nem sei!

- Olha Eduardo, eu já falei, não posso almoçar com você!!!!

- Ahhh, então você prefere ficar puxando saco de clientes! - olhei pra ele abismada como assim puxar saco, tudo que eu fazia era em benefício da empresa.

- Sabe de uma coisa, eu não vou discutir esse assunto com você. Não tem lógica alguma, você não pode virar minha sombra! - nesse momento percebi que algumas pessoas já começavam a direcionar olhares para nós, mas não iria me deixar intimidar.

- Eu não Q.U.E.R.O, ser sua sombra. Mas o Lauro me disse que aonde você fosse eu iria, sua função é me ajudar em tudo que eu precisar nos mínimos detalhes ou você esta com amnésia querida - nessa hora a vontade foi dar uma boa bofetada na cara dele, que ódio desse cara.

- Não venha me lembrar dos meus compromissos, porque eu sei bem quais são! E outra, começa a baixar o tom de voz, todos já estão nos olhando. - falei a última frase bem baixo para que ele entendesse que já tínhamos uma platéia formada. - Ele me pegou pelo braço e me arrastou até o elevador, tentei me soltar, sem êxito. Ele era mais forte. Quando entramos, ele apertou o botão de parada e eu fiquei esperando o que viria. Eduardo se aproximou de mim já falando de uma forma bem pausada, mas firme.

- Eu tentei conversar com você, ser simpático, levar as coisas numa boa. Mas, te encontro sempre na defensiva. O que se passa pela sua cabeça? - quando eu ia responder ele me interrompeu - Não falei ainda..... pois não acabei. - balancei a cabeça de forma positiva, mas ele que me aguardasse.

- Eu não vejo o porquê dessa sua recusa em almoçarmos, não faz sentido algum. Posso ir com vocês e participar de tudo numa boa e nem abro o bico - nessa hora não aguentei, precisava falar, mas agiria com a razão, respirei fundo e comecei.

- Olha Doutor Alcântara, você não está entendendo. Não se trata de com quem eu quero ou não almoçar. Esses clientes, são extremamente sistemáticos. Quando comecei as negociações nem o Lauro eles queriam ter por perto, tive que explicar diversas vezes que ele era a ponte entre nós e que só assinaríamos um contrato de gestão jurídica se Lauro estivesse junto. - Ele ficou me observando de uma forma totalmente estranha.

- Ademais devo lembrar que devemos agir de forma profissional, e se bem me lembro bem você não esta agindo dessa forma, Doutor. - ele se aproximou mais um pouco e automaticamente fui dando alguns passos para trás ate me chocar contra a parede do elevador. Ao mesmo tempo em que eu tentava afastá-lo, não parei de falar para não demonstrar todo o meu pânico.

- Além do mais, é muito infantil da sua parte parar o elevador sem um motivo plausível. Com toda certeza, as pessoas ficaram assustadas pensando que algo aconteceu. - Mais ele não recuou e falou bem no meu ouvido: - Querida eu sou profissional, lembre sempre disso.

Depois disso Eduardo, saiu de perto e destravou o elevador. Seguimos para nossos respectivos escritórios, minha cabeça encontrava-se explodindo. Se pudesse, cancelaria a reunião. Carinha folgado esse Eduardo. Quem ele pensava que era? Toda pessoa tem um limite e o meu estava chegando ao fim. Mas a culpa disso tudo era do Lauro, que estava dando carta branca para esse cara insuportável. O barulho do telefone tirou-me dos meus devaneios, era dona Rejane informando que estava quase na hora da reunião.

Eu Prometo te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora