Capitulo 55 - Decisão

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"É nos momentos de decisão que o seu destino é traçado." -  Anthony Robbins


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Por Edu

Acomodei-me na cadeira e fiquei esperando que a doutora Solastres começasse a dizer que decisões deveriam ser tomadas. Eu só esperava que fossem decisões simples, pois não aguentava mais tanto sofrimento e dor.

- Eduardo, como você sabe, eu tenho atendido a Malu alguns anos, depois ela deu uma parada no tratamento e voltou como você bem sabe. – Afirmei com a cabeça. – Entretanto, ela entrou num quadro bem forte dessa vez.

- Como assim doutora? – Fiquei em alerta.

- Bem, a Malu teve o que chamamos de amnésia global transitória. Esse diagnóstico foi feito pelo neurologista e por mim que também tenho formação em neuropiscologia.

- Mas ela já acordou?

- Sim, ela acordou, e a partir daí começamos uma bateria de exames. Ela está aparentemente bem, mas tem todos os sintomas da AGT.

O que essa mulher estava falando? A Malu estava sem memória?

- Doutora, me explique, por favor.

- Vou explicar de uma forma mais simples, ela não se lembra de nada de que ocorreu hoje.

- Ai meu Deus! Isso é permanente? – Meu coração estava na boca.

- Não, Eduardo.

- Mas que sintomas ela está apresentando necessariamente para ter esse diagnóstico?

- Bem, a Malu não sabe para onde ia. Não soube dizer onde estava no momento da agressão. Está fazendo perguntas repetitivas várias vezes e esquecendo no minuto seguinte o que acabou de falar. Importante frisar que a linguagem, coordenação, fala e força muscular, estão intactas.

- Como vocês conseguiram firmar esse diagnóstico?

- Bem, o histórico da Malu é meio propício, apesar da AGT ocorrer na maioria dos casos em pessoa acima de 50 anos e com histórico de enxaqueca, não é impossível ocorrer com uma pessoa mais nova. O importante é que essa amnésia deve durar no máximo vinte e quatro horas.

- Então em vinte e quatro horas, a contar do evento, ela volta ao normal?

- Na maioria dos casos nunca ultrapassou às vinte e quatro horas.

- Graças a Deus.

- Você estava com medo dela ficar sem memória para sempre, Eduardo? – O médico me fez a tal pergunta e não gostei do tom dele.

- Sim, estava. Meu maior medo era ela não lembrar mais de mim e das pessoas que ela ama. As lembranças e os lugares não são importantes, mas as pessoas sim. E mesmo que o diagnóstico dissesse que ela não se lembraria de mais nada – respirei fundo –, eu mostraria e ensinaria a ela todos os dias o quanto eu a amo. E, se preciso fosse, eu faria com que ela se apaixonasse por mim todos os dias. Criaria novas memórias, mas sempre estaria com ela.

- Desculpe, Eduardo, não quis ofendê-lo – o médico se desculpou.

- Tudo bem. – Voltei minha atenção para a doutora Solastres. – O que faremos agora, doutora?

- Bem, já foram realizados exames de tomografia, foi feita uma triagem de risco cardio e cerebrovasculares e um eletrocefalograma. Outro exame chamado angiorressonância da cabeça não foi feito, devido a Malu não ter passado completamente pelo primeiro trimestre de gestação.

- Por que todos esses exames?

- Para descartar um AVC ou um episódio epilético. Mas fique tranquilo, nada foi encontrado no tocante a essas enfermidades.

- Como será o tratamento, doutora?

- Aqui no hospital eu já prescrevi um tranqüilizante, para que ela fique tranquila.

- Ela está sedada? - Eu precisava ver minha mulher o mais rápido possível.

- Sim, pois ela precisa ficar resguardada e tranquila, para que ela não possa fazer nada que a prejudique. Ela deve começar a se recuperara gradativamente e assim que a memória voltar por total, vamos direcionar o tratamento em uma clínica adequada.

- Ela não é louca. – Levantei-me exasperado e comecei a dar voltas no mesmo lugar.

- Calma, Eduardo! Nós temos plena consciência disso. – A Doutora Solastres veio até mim e pousou uma das mãos em meu ombro e parei com seu toque maternal. – Você não está abandonando ela a sorte, só está dando a chance da Malu se recuperar por completo e da forma correta.

Ouvi as palavras daquela mulher gentil, fechei os olhos e deixei as lágrimas correrem... Eu estava exausto.

Depois de a doutora explicar que a Malu me reconheceria e também as pessoas mais próximas, fiquei mais tranquilo. Seus objetos e coisas pessoas, ela me disse que os eventos e situações recentes Malu não lembraria e depois das vinte quatro horas, nem a permanência dela no hospital ficaria registrado em sua memória. Questionei se a pancada poderia ter contribuído para o quadro de amnésia, mas depois que narrei como ela saiu do fórum e chegou ao local do acidente a doutora tinha certeza que ela já devia estar tendo o principio da AGT

Eu estava desesperado por vê-la e saber se ela estava bem. Então foi liberada minha visita, e ao entrar no quarto, minha ansiedade estava a mil. Ela estava deitada com uma fisionomia calma, me aproximei e depositei um beijo casto em seus lábios. Então, de forma suave, me ajoelhei em seu lado, deitei minha cabeça e orei a Deus... Pedi que Ele cuidasse dela e de nossos bebês. Que me desse forças para passar por toda essa luta. E mais uma vez chorei...

Daqui a pouco tem mais!!!!!!!!!!!!

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Daqui a pouco tem mais!!!!!!!!!!!!

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