Capítulo 7 - Surpresas do Destino

3.4K 328 69
                                    

- O Senhor terá que aguardar, por que a  Drª Botelho ainda não fez contato com o escritório, informando seu retorno. - falou de forma pausada e gentil.

- Eu preciso de uma posição agora, eu sou oficial de justiça e não tenho o dia todo para esperar. - falava o homem de forma incisiva.

- Infelizmente terá que aguardar ou retornar em outro momento, pois como é um documento de endereçamento pessoal, não poderei recebê-lo .

*******

Quando cheguei, vi que um homem falava de forma áspera com a dona Rejane, não perdi tempo fui até eles.

- Boa Tarde, posso saber o que esta acontecendo? - O homem me olhou com um olhar de surpresa e mudou logo o tom de voz.

- Boa tarde doutora Botelho, este senhor se identificou como oficial de justiça e trás com ele um mandando de justiça. Mas conforme estava explicando à ele, eu não sabia se a Senhora estaria ou não retornando.

- Tudo bem dona Rejane, eu assumo por aqui. - Meu olhar foi de desprezo e raiva.

- Boa tarde, qual seu nome oficial?

- Marcelo Diniz, oficial de justiça. - Ele estufou o peito com orgulho e vi que tinha em minha frente o ser que gostava de humilhar as pessoas.

- Bem! Primeiramente eu acho que você deve desculpas a minha secretária, uma vez que você agiu de forma autoritária em relação a ela, como bem pude perceber ao entrar aqui.

- Desculpas? Não me faça rir Doutora. - seu olhar mudou completamente e tentava me intimidar. - Não pedirei desculpas, pois estava no exercício de minhas funções oficiais.

- Senhor Marcelo, conheço vários oficiais de justiça por sinal uma de minhas melhores amigas era uma, mas felizmente casou e mora fora do país. Mas o que quero dizer é que nunca vi nenhuma dessas pessoas agirem de forma arbitraria e grosseira com ninguém mesmo estando no exercício de suas funções ou fora dela.- o homem estava ficando vermelho e eu doida para rir.

- Quem você pensa que é? - Ele falou bem alto, pensei que ele poderia me agredir, mas no mesmo instante ouvi outra voz igualmente potente e exalando irá.

- Eu é que pergunto, com quem você pensa que está falando? Droga, droga era o Eduardo e sua cara era de pura ira.

- Eu estou tentando fazer meu serviço mas essas senhoras não cooperam com a justiça. - Eu tive que rir.

- Quem não esta fazendo o serviço corretamente é o senhor! Pois minha secretária estava tentando conversar de forma muito gentil, entretanto não foi tratada da mesma forma. - o homem me encarava de forma muito agressiva.

- Olha doutora, não tente se valer por estar no seu ambiente de trabalho para tentar me intimidar porque eu estou com a lei a meu favor. - nesse momento Eduardo se enfiou entre mim e o oficial de Justiça e de forma firme falou.

- Meça suas palavras senhor oficial, acho que você esta excedendo em sua autoridade, gostaria de informar que falarei diretamente com o juiz responsável pela sua diligencia¹, isso é inaceitável! - o homem foi ficando branco e eu quase rindo, porque Eduardo estava pondo para quebrar.

- E o senhor quem é? - o homem mesmo assim não descia do pedestal, mesmo estando visível seu medo.

- Meu nome é Eduardo Menezes de Alcântara -  Agora o espanto do homem era evidente. E eu não entendi nada.

- Eduardo Menezes de Alcântara que trabalhava com o ministro Chagas?!

- Eu mesmo, mas isso não importa. Aqui eu sou um dos tantos advogados do escritório. Ademais, respeito não deve ser só para quem tem algum cargo ou patente, mas para todos.

Eu Prometo te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora