Capítulo 14 - Se Atente aos Detalhes, Tudo vai Mudar

3.3K 306 141
                                    


Meu corpo está todo dolorido. Essa coisa de dançar realmente não era para mim. Tudo bem que a companhia fez tudo ser mais fácil, Eduardo era um dançarino exemplar e me senti segura com ele. Infelizmente a noite não foi totalmente perfeita, mas no geral dou nota dez para mim.

Nesse momento, Lia entrou em alta velocidade no meu quarto, e, sinceramente não sabia da onde essa menina arrumava energia tão cedo.

― Bom Dia! ― Ela se jogou na cama.

― Oi, linda. Bom Dia!

― Que horas você chegou, mana? Porque eu não te vi. Fiquei te esperando, e esperando, e nada de você chegar. ― A carinha dela era muito engraçada.

― Eu sei docinho que você me esperou, a tia me disse.

― Ela te esperou também?

― Sim e não. ― Vi uma ruguinha de dúvida se formar entre seus lindos olhos cor de mel.

― Acho melhor você me explicar, mana, por que não entendi nada.

― Eu liguei para casa e a tia Edna me disse que a senhorita ― apontei para ela ― estava dormindo no sofá, a minha espera, então ela achou melhor ficar com você até a minha chegada.

― Eu não me lembro disso. ― Ela fez uma cara de preocupada.

― Claro que não, Lia, você estava dormindo. Deixa-me terminar de contar. ― Ela sorriu. ― Como eu não queria nenhuma das duas dormindo no sofá, expliquei que iria demorar, porque o Eduardo iria me dar carona. Sendo assim, mandei ela levar você para cama e ela ir também.

― Aaaaahhhhh! Você veio com ele?! ― Ela começou a pular eufórica na cama. ― Ele vai namorar com você? Eu gosto dele, ele é legal!

― Ei, ei! Para menina, vai cair da cama! Que namorar o quê! ― Mas nada fazia a menina parar de pular. ― Lia, para! Lia Antunes Botelho para já com isso! ― Ela parou, e vi surgir uma lágrima. ― Lia, me perdoa, eu não queria ter gritado com você. ― Mas o estrago já estava feito e eu sabia o porquê. Ela tinha pavor de gritos, por isso meu quarto era afastado do dela. Para não ter problemas quando eu tivesse alguma crise e ela se assustasse.

― Minha linda, não chora. ― Ela se agarrou a mim e só eu conseguia ouvir seus soluços. ― Lia, me perdoa, não fiz por querer. ― Eu acariciava seu cabelo tentando acalmá-la. ― Pare de chorar, você sabe que te amo. Não sabe? ― Ela fez que sim com a cabeça. ― Então olha pra mim. ― Ela olhou. ― Me desculpa, pequena.

― Sim. ― Seus olhos estavam tão vermelhos.

― Então pare de chorar e vamos tomar um belo café da manhã, o que você acha?

Nesse momento meu celular toca. E estendo o aparelho para ela que me olha assustada.

― Pode atender, não tem problema.

― Alô? – Pausa.

― É a Lia que está falando. Oi, Edu!

O que ele queria em um domingo?

― Sim! ― Ela estava dando altas risadas. ― Quando? Eu vou adorar! Hmm... Beijos... Vou passar para ela... Tchau. ― Ela me estendeu o telefone com um sorriso que estava de orelha a orelha.

― Alô?

― Bom Dia! ― Ele estava desconcertado.

― Oi, Eduardo, espero que esteja mais calmo. ― Meu tom era firme.

― Desculpa, eu não sei o que deu em mim ontem.

― Ainda estou tentando entender o que aconteceu.

Eu Prometo te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora