Eu estava tentando absorver o que a bruaca da Penélope havia falado, mas estava difícil. Como eu não percebi? Mas... Não... eu não ia pensar em coisa ruins, deixaria que Edu me explicasse tudo. Pois eu tinha que ser uma pessoa madura. Mesmo querendo nesse exato momento matar uma certa mulherzinha abusada e esnobe que era o caso da Penélope.
Eu pedi que dona Rejane solicitasse algo para comer, não sairia de minha sala. Precisava pensar ou melhor não pensar, e ficar quieta no meu canto era a melhor opção para não ofender ninguém. Mas até o meu restaurante preferido resolver ficar de complô contra mim, pois a comida chegou com um atraso de uma hora e ainda estava fria.
- Malu – Rejane está na frente de minha mesa. Mas como não a vi entrar? Eu devia estar bem maluca e perdida em pensamentos. Não vi uma pessoa entrar em minha sala isso estava indo de mal a pior.
- Sim.
- Quer conversar, querida?
- Não.
- Ficou monossílaba?
- Sim – ela sentou em minha frente.
- Desembucha, menina, odeio quando você fica tentando reprimir algum problema com essa atitude de responder com uma palavra e nem ter a decência de olhar para a pessoa com a qual está falando.
- Desculpa – larguei os documentos que estavam em minha frente, e que eu tentava em vão ler. – A Penélope...
- Pode parar! – Ela se levantou. - Não quero nem saber o que aquela moça falou, porém vou te dar um conselho: seja lá o que ela disse escute o outro lado da história, ela sempre destila veneno e depois fica esperando o circo pegar fogo.
- Eu sei, mas é que... ela disse... que foi namorada do Eduardo. – me levantei e andei até a janela. – Por que ele não me disse nada, Rejane? Por quê? Será que não confia em mim o suficiente?
- Querida, as vezes essa moça deixou feridas enormes, que não são fáceis de cicatrizar. – Olhei dona Rejane que agora está do meu lado.
- Eu não sei o que pensar, isso tudo de namorar e ter compromisso. É tudo tão novo! Tenho medo – nessa hora minha voz saia como um sussurro, e uma lágrima escorreu pelo meu rosto –, medo de ele não me amar tanto. Medo de ser pouco para alguém que pode ter quem quiser... - Rejane me olhou e parei de falar.
- Se ele escolheu você, isso já demonstra o quanto é importante. Suas qualidades superam em muito várias meninas que aqui trabalham. Inclusive a desmiolada da Doutora Bacellar. Mas acho que vocês dois devem esclarecer isso.
- Obrigada, Rejane. Já te falei que você é uma fofinha? E que tenho vontade de sempre te apertar?
- Não precisa agradecer. – Ela me deu um abraço. - Mas também não vai me apertar. – Ela ficou séria. – Sinceramente não sei porque vocês jovens ficam com essa mania de me apertar, não sou boneca de pano. – Dona Rejane me deu um sorriso e saiu da sala e novamente me encontrava sozinha.
Mas nem tive muito tempo de me isolar, pois minha porta novamente se abriu, e nem precisei virar para ver quem era. Pois aquele cheiro só um homem como o meu teria, Eduardo estava no recinto.
- Oi.
- Olá – respondi e permaneci como estava, olhando para o horizonte.
- Dona Rejane, não está com cara de muitos amigos. Você sabe porquê?
- Sinceramente não – ele se aproximou mais, até estar ao meu lado.
- Mas eu sei. Deve ser porque, alguém magoou a chefe preferida dela. As duas vezes que vi Dona Rejane agir dessa maneira foram por situações ligadas a você.
- Hum... mas posso te garantir que eu não tenho nada a ver com a cara feia dela. Nunca pedi que ela brigasse por minha causa.
- Mas ela faz isso porque ela não é só sua secretária. Ela te ama como uma filha, por isso age dessa forma. Entretanto, acho que o problema deve ser comigo, pois está totalmente atípica nesse momento.
- Não estou!
- Está... acho bom se virar e olhar no fundo dos meus olhos e dizer que isso é coisa a minha cabeça. – obedeci, pois precisava resolver essa situação.
- Ei... O que foi? – eu já estava chorando. – Quem foi o desnaturado que fez a minha linda namorada chorar?
- Você.
- Eu?
- Sim, Edu, com seu silêncio. – Edu demonstrava não entender nada do que eu dizia. – Por que não me disse que vocês foram namorados e estavam à beira do altar?
- Quem contou para você? – oh meu Deus! então era verdade, agora eu estava quase tendo uma síncope.
- Isso importa? Não importa... sendo que você não me contou! Achou que ninguém ia saber? Que eu seria idiota para o resto da vida! – ele tentou me abraçar, mas eu não deixei.
- Acho melhor você se sentar.
- Não quero.
- Então não vai haver conversa. Sei que está chateada, mas fazer birra não vai mudar nada.
- Não estou fazendo BIRRA!!!!
- Malu, você sabe que eu mais que ninguém odeio mentiras, isso era algo muito pessoal, e que sinceramente cabia a mim escolher o momento para contar.
- Demorou tanto que a jaburanga contou! – ele me olhou surpreso.
- Pode por favor sentar aqui? – eu neguei com a cabeça. – Por fa-vor, somos muito crescidos e precisamos esclarecer tudo isso.
- Está bem - sentei na outra ponta do sofá, bem longe dele.
- Me perdoa, eu sei que devia ter conversado antes com você. - Edu olhava para o chão. – Mas não é fácil dizer certas coisas que machucam a alma.
- Você ainda sente algo por ela? – falei como um sussurro, pois temia a resposta.
- Não. Pelo contrário o único sentimento que eu sempre nutri por ela depois do nosso término foi ódio. Puro e genuíno. – Eu estremeci, pois esse era um dos piores sentimentos a se cultivar e eu mais que ninguém, sabia disso.
- Então por que não me contou sobre vocês?
- Vergonha. - Ele soltou uma risada cansada. – Para um homem não é muito fácil digerir uma traição, principalmente vinda da sua noiva e do seu melhor amigo.
💔💔💔💔
O que será que aguarda nosso querido casal?! Esperamos que eles se acertem.
💕💕💕
Estamos aqui também para desejar um ótimo ano novo, com Capítulo Novo!!!! Somos gratas pois em 2016, foi de aprendizado e de conhecer pessoas maravilhosas como vcs queridos leitores... E fiéis escudeiras!!
Galera do grupo do Whatsapp EPTA, amamos vcs!!!
UPL FOREVER!!!!
ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO!!!
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Eu Prometo te Amar
RomanceEla: por detrás de seu sorriso existem marcas profundas e um coração vazio, que precisa ser preenchido por dois tipos de amores. Ele: Está convicto que não precisa de nada, além dele mesmo. venha se emocionar, rir e chorar conosco nessa jornada, o...