Capitulo 31 - Surpresas no Escritório

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Por Malu

Ao colocar o telefone sobre o sofá comecei a tremer de nervoso, não podia ser. Nem em meus maiores pesadelos, eu poderia prever essa situação. Dona Rejane me informou que meu pai se encontrava na sala de espera do escritório com seu advogado. O que esse homem queria? O que eu iria fazer?

Enquanto eu estava perdida em minhas suposições, Edu percebeu minha aflição e fez sinal para que eu me sentasse junto a ele. Imediatamente, foi dada uma leve batida na porta.

- Quem é? – eu sabia que era dona Rejane, mas ela não entrava sem autorização, quando eu estava com alguém na sala.

- Sou eu Rejane, posso entrar?

- Sim – ela abriu a porta e entrou, me lançando um sorriso meigo e acolhedor.

- Tudo bem? – Eu balancei a cabeça negativamente. – vou pedir que aguardem um pouco, enquanto isso você deseja um chá ou água minha querida? Doutor Alcântara um café?

- Eu preciso de uma água por favor – falei com uma voz baixa como se assim, meu algoz não pudesse me ouvir.

- Vou querer o mesmo que a Malu dona Rejane, obrigada. – Edu falava com ela, mas seu olhar era direcionado a mim

- Pode deixar, trarei o pedido imediatamente.

- Obrigada – dissemos juntos Edu e Eu.

Quando Rejane saiu, me encosto no sofá e fecho meus olhos, pois era inacreditável o que eu estava vivendo. Minha vida estava dando saltos de 360 graus em segundos. Porém mais uma vez meus pensamentos foram interrompidos pelo toque do meu amado Edu e de sua voz, mansa e serena.

- Malu, o que foi? Você está pálida – ele, se aconchega e me abraça, e nesse momento me senti cuidada. – Quem está lá fora?

- Edu, meu pai está aí fora. Eu não sei o que fazer. – Ele levou sua mão suave ate meu rosto e o virou para que pudéssemos nos olhar.

- Você sabe que você não precisa atender esse homem, já que ele entrou com um processo o ideal era ser tudo tratado na presença do juiz. – Como não amar esse homem.

- Eu sinceramente não sei o que fazer, meu mundo estava ótimo – baixei minha cabeça com medo dele ver as lágrimas que começavam a brotar em meus olhos.

- Ei! Levanta essa cabeça. – Ele puxou levemente meu rosto para que pudéssemos novamente ficarmos frente a frente. – Seu mundo ainda é ótimo. Não deixe esse pequeno contra tempo estragar tudo o que você tem vivido esses dias. – depois disso um rio de lágrimas se formou e eu não conseguia conter, ora pensava em minha mãe, ora em Lia, ora em mim mesma. Eu só podia estar num filme de terror.

- Edu, é difícil. Eu só queria que ele não voltasse. Por que ele quer a minha pequena se nem amor existe entre eles?

- Não sabemos o que ele quer, então você não vai atendê-lo. – Edu se levantou num salto.

- Edu? Onde você vai? – Eu estava olhando para ele atônita.

- Vou encaminhar os cavalheiros até a saída, e você fique exatamente ai. – Eu fiz menção de me levantar, mas Edu me travou no mesmo instante.

- Eu disse fique aqui, isso é uma ordem Doutora Botelho.

- Sim senhor! Chefe – Ele deu um sorriso de canto e saiu da sala

Me encostei no sofá novamente e fiquei grata ao Edu por tomar as rédeas da situação, pois eu ainda não estava pronta para ver aquele que um dia foi embora e nem sequer olhou para trás. Como alguém conseguia dormir sabendo que deixou uma família desamparada, e seguir em frente como se nada tivesse acontecido? Não eu não estava pronta ainda para esse encontro, pois eu enfrentaria aquele que foi meu herói na terra.

Eu Prometo te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora