Capítulo 15 - 5º Andar

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Eu estava olhando para o Eduardo, tentando realmente assimilar o que ele queria conversar comigo.

― O que você quer conversar, Eduardo? ― Olhei-o de forma firme e decidida.

― Eu queria pedir desculpas pelo ocorrido na festa. Não sei o que me deu, não gosto de homens que se aproveitam de mulheres.

― Obrigada, Eduardo, mas eu preciso me livrar de pessoas como Blake, sozinha.

― Mas por quê?

― É complicado. ― Eu não podia em hipótese nenhuma contar a verdade.

― Olha, você pode não querer me contar o porquê dessa atitude. Porém, sabia que se precisar estarei sempre aqui para te ajudar. Tudo bem?

― Obrigada! E engraçado, no primeiro dia que te conheci queria te matar, entretanto o tempo está passando e estamos conseguindo até ser civilizados.

Ele começou a rir.

― Você é uma figura, Malu. Troca de assunto com uma facilidade incrível. ― Ele estava me olhando, de um jeito engraçado. ― Por enquanto vou respeitar seu momento, mas essa nossa conversa não termina aqui.

Aff, homens! ― Eu sorri.

Aff, mulheres! ― E nós começamos a rir.

― Então deixamos tudo por assim agora, e com o tempo podemos voltar a esse assunto. ― Eduardo tinha que esquecer o episodio com Blake.

― Ok, você venceu. E mais uma vez, obrigada pela festa, foi maravilhosa! ― Eu sorri para ele e fiquei grata que pelo menos por hora, ele se esqueceria do assunto.

― A festa foi realmente incrível, e por isso eu quero esquecer aquele incidente com Blake e guardar só as coisas boas que aconteceram.

― E dançar comigo faz parte das coisas boas que aconteceram naquela noite? Ou você também prefere esquecer? ― Eu comecei a rir e balanço minha cabeça, pois eu não tinha resposta para aquela pergunta.

Depois de uma hora e vinte de voo, estávamos aterrissando em solo curitibano. Eu estava ansiosa porque tudo iria mudar, não faria mais tantas viagens para esse lugar que querendo ou não tinha virado meu segundo lar.

Após pegarmos nossa bagagem, fomos para a saída do aeroporto. Como acontecia todas as vezes que eu chegava um carro da empresa já nos aguardava. Entramos no carro e seguimos pela cidade. Eduardo olhava pela janela e eu podia ver de soslaio que ele estava impressionado com o lugar.

O trajeto foi feito de forma silenciosa, diante da beleza do lugar. Como o aeroporto ficava na cidade de São José dos Pinhais, o trajeto até o centro de Curitiba, demorou mais ou menos 50 minutos. Vez ou outra, Eduardo puxava assunto sobre o lugar e sua beleza, mas eu estava envolta a toda aquela atmosfera bucólica.

Nosso hotel era bem localizado no centro da cidade, evitando assim um dispêndio de locomoção exagerada, além do que, facilitava e muito estar perto do escritório e do próprio centro da cidade. Normalmente, nossos processos tinha andamento sempre no mesmo fórum, se houve necessidade de ir para outro lugar, os funcionários regionais eram designados.

― Chegamos ― Eduardo avisou.

― Que bom, já não aguentava mais! ― disse, saindo do carro.

― Esse hotel é bom mesmo? ― perguntou Eduardo.

― Sim, me hospedo no San Ruan Royal desde que comecei a vir para Curitiba, e é o melhor, em questão estratégica.

― Que lugar é esse que estamos agora?

Eu Prometo te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora