Quando estávamos chegando próximo a minha casa, algo martelava em minha cabeça. E precisava por em palavras. Eu tinha certos princípios, mesmo que esquecidos de certa forma isso refletiria na minha família. Então esse era o momento.
- Edu?
- Hum. – ele estava concentrado no transito.
- Eu...bem, eu queria... – eu não estava conseguindo falar, que idiota eu estava me tornando.
- Você quer esperar para contar sobre a gravidez? É isso? – Ele parou no sinal, que estava vermelho, e me olhou.
- Sim. Pode me chamar de boba, mas eu queria esperar. Estou na 12ª semana de gestação, quando completarmos a 15ª podemos dizer a todos. Ate lá acho melhor manter só para nós dois.
- Se isso te faz feliz, posso acatar sua decisão. – senti que ele não estava muito contente com isso.
- Amor, eu não quero esconder esse bebê, como se fosse um erro ou nada assim. Filhos são abençoados, mas como o médico mesmo disse precisamos ser cautelosos. Não sou uma menininha de 18 anos e é meu primeiro filho, existem riscos...
- Pode parar. – Ele me olhava intensamente – Vamos parar, não podemos conversar enquanto dirijo, não um assunto como esse.
- Está bem. – aguardei até que ele parasse o carro. Edu segui uns metros a frente e estacionou.
- Malu, qual o problema? – Ele estava bem sério.
- Eu quero esperar para contar da gravidez. Tem casais que esperam quase até parir para contar. Eu só quero esperar um pouco... estou entrando na 12º semana de gestação – respirei fundo – não quero que nada dê errado. É pedir demais? – uma lágrima escorreu.
- Olha, sei que estamos num período difícil, mas não fica colocando caraminholas na cabeça. Estamos juntos nessa jornada, e tudo que falei no hospital é pra valer. – Ele fez um carinho no meu rosto. – Eu te amo, complicada, cheia de neuras, braba, cabeça dura... Você é perfeita pra mim. – Ele me abraçou forte e pude me senti segura.
- Eu te amo. E Edu só quero esperar uns dias, depois contamos, prometo.
- Ok Doutora Botelho, depois da audiência da guarda da Lia contamos para todos. Combinado?
- Sim, combinado. – Dei um beijo suave, expressando toda a minha gratidão.
- Então agora vamos, ainda tenho que passar na casa do meus pais. Que ir junto?
- Não mesmo.
- Você vai ter que encarrar a fera da sua sogra algum dia.
- Okay. Mas não hoje.
- Tudo bem, vamos.
Então seguimos para minha casa, Edu me deixou e seguiu para a casa dos seus pais. Mas ao chegar na portaria, meu eficiente porteiro estava a postos. Dei boa noite a seu Barbosa, que me olhou como quem queria dizer algo. Entretanto fui mais rápida e segui direto ao elevador, não tinha ânimo nem força para as loucuras do meu prédio.
Quando estava entrando na sala de casa, via a Lia encolhida no sofá. Estranhei já que normalmente nesse horário ela fica ajudando a tia na cozinha. Dando uma de cozinheira, acho perigoso, mas minha tia sabia o melhor para nossa pequena.
- Oi, docinho! – fui até minha menina e sentei ao seu lado.
- OI. – ela ainda estava de cabeça baixa.
- Lia, o que houve? Por que está assim toda triste? – ela me olhou e percebi que tinha chorado. Abracei-a e puxei para meu colo. - Conta pra mim o que aconteceu?
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Eu Prometo te Amar
RomanceEla: por detrás de seu sorriso existem marcas profundas e um coração vazio, que precisa ser preenchido por dois tipos de amores. Ele: Está convicto que não precisa de nada, além dele mesmo. venha se emocionar, rir e chorar conosco nessa jornada, o...