Capítulo 22 - Plantando a semente da duvida.

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Depois dos acontecimentos, eu realmente estava desnorteada, o Edu teve que sair novamente, uma vez que precisou acompanhar um dos associados ao fórum, para despachar, diretamente com o juiz, sobre uma questão muito grave.

Minha cabeça estava a mil. Eu precisava fazer algo para ajudar o Max, teria uma conversa com o Edu, pois juntos poderíamos achar uma solução. Maximus era um excelente funcionário.

Estava envolta em meus pensamentos, quando bateram na porta da minha sala. Autorizei a entrada, e Pedro entrou, me olhando diferente, e eu me recriminei por dentro por ter esquecido de desmarcar a reunião com ele, pois o Edu, não estaria presente.

– Algum problema Pedro? – Nunca o vi assim, ele sempre foi tão alegre e simpático com todos.

– Preciso conversar com você – já foi falando e sentando na poltrona enfrente a minha mesa.

– Tudo bem. Mas me diga uma coisa, o que está acontecendo? Desde cedo que tenho percebido você diferente, principalmente na reunião com Eduardo.

– Vou ser sincero! Não gostei dele, algo me diz que ele não é esse exemplo de pessoa.

– Pedro, o que é isso? – Me levantei indignada. – Você nunca fez julgamentos precipitados, nem bem conheceu o doutor Alcântara, e já me diz isso tudo?! Estou espantada com sua atitude.

– E eu com a sua – disse, se levantando –, pensa que não percebi seu olhar pra ele, pensa que não vi expressão de admiração enquanto ele falava. O que é isso pergunto eu Malu!

– Pedro, não sei o que ouve com você, mas acho que está com um parafuso solto. Primeiro: nunca lhe dei liberdade pra falar assim comigo; segundo: você está vendo coisas aonde não existem, e mesmo que existissem não tenho que lhe dar satisfação – falei séria e firme.

– Desculpa Malu, não deveria ter falado assim – disse, se levantando e se aproximando de mim –, mas fiquei muito nervoso com a presença dele, e o modo como você o tratou, pareciam íntimos.

– Pedro, não entendi sua atitude, mas tudo bem – eu o olhava séria – sempre nos demos bem, somos parceiros profissionais excelentes. Por isso, peço que nunca mais se repita, pois não serei tão benevolente, você sabe que sou implacável quando preciso. – Ele parou de se aproximar e ficou olhando de forma estranha.

– Malu, me desculpe. Tem minha palavra que isso não irá acontecer novamente. – Ele deu as costas para mim e estava se retirando, mas abruptamente ele parou e me dirigiu as seguintes perguntas:

– Malu, você conhece o Alcântara de onde, além dos escritórios? Você chegou a averiguar seus antecedentes? O nosso querido chefe te passou alguma informação sobre ele? Ou você só sabe o que a mídia fala sobre ele? – Fiquei atônita. – Não precisa responder, pela sua expressão já sei que não checou nada.

Pedro saiu da sala me deixando com uma sensação estranha.

Realmente não verifiquei nada a respeito do Eduardo, coisa que nunca deixo passar despercebida. Preciso conversar com Lauro, confio totalmente no Eduardo, mas negócios são negócios, e ele assumirá esse escritório, provavelmente nossos clientes vão querer detalhes sobre o novo responsável.

Não que o Eduardo fosse um psicopata, longe disso, mas eu só sabia da vida profissional dele somente pelo o que mídia dizia, e o que foi nos informaram no escritório. Mas sobre sua vida pessoal, eu poderia descobrir aos poucos, pois eu iria perguntar.

Mas por que eu estava com um sentimento de angústia? Não devia ser nada, era com certeza meus nervos respondendo pela forma com que Pedro falou.

Voltei ao trabalho, pois ficar pensando em suposições não era algo que me eu gostava. Não vi mais o Pedro e o Eduardo também não deu as caras no escritório.

Eu Prometo te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora