Capítulo 36 - Colocando as Cartas na Mesa - Parte Final

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Por Edu

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Vergonha. Essa era sem dúvida a palavra que definia o porquê de não querer falar sobre Penélope. Eu a amei, fui seu namorado, amigo e conselheiro, entretanto só obtive em agradecimento traição de ambas as partes. Até mesmo um filho, que era sem dúvida um dos meus maiores sonhos, ela não quis me dar dizendo que para tudo existia um tempo.

     - Edu, você está bem?

     - Sim, e acho que esse é o momento de você saber o que realmente aconteceu entre Penélope e eu. – Ela estava com cara de preocupada.

     - Estou vendo que você está meio desconfortável com essa conversa.

     - Malu, já disse que vamos conversar agora. 

     - Okay, sou toda ouvidos. – Ela se sentou e esperou que eu começasse a falar.

     - Bem... Eu e ela nos conhecemos
na faculdade, eu era o típico nerd. 

     - Não acredito? Nerd? Sério? - Falou minha Malu, com ar de troça.

     - Sim. Eu era, mas deixa eu contar toda a história mocinha, senão desisto.

     - Tudo bem. – Ela ficou séria.

     Comecei contando que Penélope era muito popular na faculdade em que estudávamos, mas tal simpatia era sempre direcionada as pessoas que detinham dinheiro. Como era minha segunda faculdade, pois já estava me formando em engenharia civil, decidi fazer direito para agradar meus pais.

     Contei que quando cheguei para fazer o curso de direito eu já era um cara de 23 anos, então podia ser considerado um prodígio e meio velho. Meus colegas de turma tinham entre 18 e 19 anos, estavam com seus hormônios em alta e Penélope era assim, jovial, segura de si e de certa forma aquilo me agradou.

     - Quer dizer que ela era a jovenzinha e você o velho? – Malu sabia tirar sarro como ninguém.

     - Mulher, você sempre me interromper né? – Ela fez cara de paisagem.

     - Não, é que chega a ser engraçado ver você dizendo que ela era legal. Por que, sinceramente, não lembro dessa mulher ter sido simpática comigo alguma vez.

     - Ok, vou deixar você ir me interrompendo, te conheço bastante para saber que não vai conseguir ficar quietinha. – Ela sorriu, e seu sorriso era tudo que eu mais queria.

     - Vou te interrompendo só quando for necessário, prometo. – Ela achou mesmo que ia acreditar.

     - Então, demorou tipo seis meses até conseguir que a Bacellar me notasse como homem, pois ela sabia quem eu era, mas queria que ela sentisse algo pelo Eduardo e não pelo meu dinheiro. – Esperei alu me interromper, mas ela não o fez. – Nesse meio tempo conheci o Pedro e o Max, eles eram caras legais, tínhamos a mesma idade. Aí, um dia, eles me levaram para uma balada e a Penélope estava lá; a princípio pensei que tinha sido armação deles, mas descobri que foi tudo o acaso mesmo.

     - E nesse dia você pegou a cobra?! – Sabia que ela não resistiria.

     - Sim e não. – Ela ficou me olhando. – Ela estava meio alegre e veio para cima de mim.

     - Ela te atacou? – Malu começou a rir. – Não acredito, a jaburanga bêbada te atacou?

     - Malu, deixa eu terminar.

     - Está bem. Desculpe - disse entre risos.

     - Desse dia em diante nós começamos a nos relacionar, eu comecei a acompanhá-la em festas e outros eventos e minha mãe adorou, pois eu odiava tudo isso. O tempo foi passando e o relacionamento foi ficando mais sério, no final da faculdade perguntei se ela queria morar comigo.

Eu Prometo te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora