Capítulo 24 - Maldade em Seus Olhos

2.3K 268 46
                                    


O cara era a verdadeira personificação da beleza, ele vestia uma calça jeans preta e uma blusa de chemisi na cor azul em uma tonalidade que eu, sinceramente, nunca tinha visto. Ele andava imponente, demonstrando uma segurança e uma superioridade que me deixava enlouquecida ou isso era consequência das três pinas coladas que bebi?

Mas de repente ele parou e se virou em minha direção.

― Acho melhor você ir para o lounge que eu pego as bebidas ― ele falou bem próximo ao meu ouvido, uma vez que o barulho era enorme.

― Não. Eu vou com você. Eu mesmo pago minha bebida.

― Deixa de ser cabeça dura, eu sou um cavalheiro e jamais iria deixar uma dama pagar a sua bebida. ― E nesse momento ele me direcionou um sorriso tão sedutor.

― Está bem, mas não demore ― eu apontei pra ele ―, senão eu vou embora. Odeio esperar. ― Ele sorriu e se encaminhou para o bar.

Fui seguindo para onde ele me falou. Estava quase chegando quando Amanda passou por mim, e pude deduzir que ela devia estar se pegando com algum carinha, a boca dela estava com o batom todo borrado. Eu até ri, porque ela era uma moça meio devagar, quase parando.

Escolhi um lugar bem próximo a uma parede viva. E tinha até um mini lago com peixes, muito lindo. Percebi que havia pouquíssimas pessoas ali, um casal localizado bem na porta de saída do espaço e outro se pegando no sofá. Isso me surpreendia um pouco, a criação que eu tive foi sempre de ser mais reservada, mas a vida era de cada um.

Fiquei um tempo olhando para o nada, isso era algo normal e até me acalmava.

― Um beijo pelos seus pensamentos. ― Levei um baita susto ao ouvir sua voz.

― Seu nome seria legal... Para início de conversa.

Ele sorriu um pouco e entregou minha bebida.

― Alonso. E o seu deusa do Ébano? ― Eu comecei a rir.

― Malu... E meu nome não tem deusa não, muito menos do ébano.

Ele riu.

― Você é linda. ― Ele levou a bebida até sua boca, solvendo um pouco do líquido ali contido.

― Obrigada, mas não me considero tão linda. Porém, vindo de você, fico até feliz com o elogio. ― Ele tinha um sorriso tão intenso e um olhar tão sedutor que ficava difícil formular uma conversa. Sinceramente esse homem tinha me enfeitiçado.

― Querida, beba, pois se você continuar me olhando assim, vou ter que beijar você. É isso que você quer?

Eu neguei com a cabeça, mas por dentro eu dizia: Sim, sim, sim...

Levei meu copo até a boca e fui virando num gole, nossa era tão boa, mas no final senti um gosto tão amargo. Alonso começou a rir de mim, dizendo que a bebida devia ser degustada e não virada como um copinho de tequila.

Eu comecei a rir, e continuamos a conversar, mas depois de uns cinco minutos, senti minha cabeça pender para frente de uma forma estranha.

― Malu, vamos sentar naquele sofá ali, o casal acabou de levantar.

― Tudo bem... Estou meio estranha, devia ter tomado isso devagar mesmo. ― E comecei a rir.

― Vem, eu te ajudo a se sentar. ― Fiz o que ele disse. ― Boa garota, reclina um pouco para trás assim fica confortável.

Eu Prometo te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora