Eu Prometo te Amar

Capítulo 9 - Caminhos Espinhosos

Dedicado à querida Janahlvs

Ao ler novamente a mensagem fiquei intrigada, pois eu não conseguia pensar em ninguém capaz de escrever tais palavras. De repente recebi uma nova mensagem:

"Com certeza beijar você seria pouco, uma vez que minha vontade real seria me perder nesse corpo, que é da cor do pecado".

Blake

Para tudo, como assim Blake? O mesmo Blake da Austrália? Como esse cara conseguiu o número do meu celular particular, tendo em vista que eu não o disponibilizei para ninguém do escritório? Mas em um sobressalto, lembrei de uma emergência que fui obrigada a passar o número para o "idiota" do Lauro.

Mais que irresponsável! Como meu chefe se atreveu a dar o meu número para o Blake? Agora o carinha com certeza passaria a me infernizar. Tudo bem que o australiano era lindo, entretanto ele não me conhecia o suficiente para me mandar esse tipo de mensagem.

Muitos poderiam achar que não tem nada demais, mas eu estava fechando um acordo milionário, com uma quantia enorme em jogo, e sinceramente sempre gostei de ser lembrada por meu trabalho, e jamais me venderia para conseguir nada. Sendo assim decidi desligar o celular e ir dormir, mas no dia seguinte eu resolveria essa situação.

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A noite foi horrível, tive um dos piores pesadelos desde a morte da minha mãe, dessa vez foi tão real, meus gritos apavorantes de dor e sofrimento ecoaram pela casa, acordado minha tia, que entrou em desespero em meu quarto:

- Malu pelo amor de Deus acorda! – Seus pedidos eram em vão, pois eu não conseguia acordar. Conforme meu corpo se debatia na cama, o suor escorria em minha testa e o desespero de minha tia só aumentava, fazendo-a chegar ao limite do desespero.

- Meu Deus ajuda minha sobrinha, senhor eu sei que estais aqui. Peço que coloque anjos ao redor dessa menina nesse momento, pai ela esta longe de ti, mas te imploro que venhas ao seu socorro. "Porque, aquele que habita no esconderijo do altíssimo a sombra do onipotente descansará". - depois de quase 20 minutos de intercessão, eu consegui abrir os olhos. E contemplei lágrimas, escorrendo pelo rosto de minha tia. Minha respiração era ofegante como se tivesse corrido uma maratona, mas mesmo assim quis saber o que estava acontecendo.

- Tia? O que faz aqui, o que aconteceu?

- Desde quando Malu? – ela me olhava com as lágrimas que não paravam de descer, mas senti dúvida e aflição em sua voz.

- Desde quando o quê? Não sei do que a senhora esta falando!

- Você sabe muito bem do que estou falando, e não minta. - nesse momento eu vi que não tinha escapatória ela ia descobrir mais cedo ou mais tarde.

- Eles nunca pararam – minha voz saiu baixa e carregada de dor.

- Como pôde mentir para mim? – indignação estava estampada nesse momento em seu semblante. – Por que não me disse que ainda sofria com esses pesadelos? Você me fez acreditar que estava bem!

- Tia, por favor. Eu achava que eles estavam controlados. Então achei que já que não acordava mais com meus gritos assim, achei melhor te poupar! – Olhei para o lado – A senhora tem que me entender, fiz isso para te proteger!

- Me proteger? De quê? Você sabia que quando ouvi seus gritos pensei que você estava morrendo! Sabe o que é acordar e ouvir um dos seus bens mais preciosos gritando como se estivesse.... – Ela não conseguiu falar começou a chorar copiosamente.

- Me perdoa, por favor. Eu não queria ser mais uma preocupação na sua vida! Não aguentava mais ver você acordar de hora em hora, para verificar se a louca estava bem ou tão pouco para saber, se o pesadelo tinha sido pior que o anterior, eu estava assistindo você definhar por minha causa.