Capítulo 39 - Um Pouco Mais da Cobra

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Há praticamente dois meses venho colhendo informações sobre a idiota da Botelho.

Até que a sonsa da Jéssica tem feito muito bem o seu trabalho de espiã. Pelo menos para isso a tapada da minha secretária servia, pois o serviço dela em si era péssimo. Mas como a anta era aleijada, a empresa admitia esse tipo de pessoas.

Nunca fui a favor disso, mas pelo menos agora aquela garota tinha uma função que me agradava.

Pela Jéssica, descobri, infelizmente, que esse romancezinho entre o Edu e a gorda Malu está mais firme do que nunca. Essa negra idiota era o suprassumo da honestidade, não consegui nada que a pusesse em baixa com o escritório. Entretanto, todos tem um ponto fraco e o daquela mulherzinha era sua amada irmã Lia.

Recebi a informação que a Malu estava travando uma batalha judicial pela guarda de sua irmã com um homem chamado Bernardo Antunes Botelho. Então fiz o dever de casa e fui atrás do pobre coitado, pois poderíamos nos ajudar mutuamente.

E foi tão fácil! Nossa! O bode velho achou que eu queria ajudá-lo por pena diante da situação dele. Mal sabia que a minha intenção era destruir a negra fedida e ordinária que se apossou do Eduardo.

As pessoas tinham que entender de uma vez por todas que cada macaco devia ter seu galho, e o meu lugar era no meio dos meus: os ricos e poderosos.

Eu tinha uma reunião dentro de uma hora com o pai da Malu. Precisava acertar algumas coisas sobre a audiência que deveria ocorrer em 20 dias.

Eu consegui um amigo advogado que estava dando uma assessoria jurídica ao advogadozinho ralé que Bernardo tinha contratado.

Não podia correr o risco de ser descoberta pela macaca e nem por nenhuma outra pessoa, pois eu ia ajudar com certeza a retirar a guarda da Lia, e ainda de quebra, consegui uma gorda pensão para o velho, e a Botelho ia ver até onde Penélope Bacellar era capaz de chegar em uma vingança. Já que não conseguia destruir o casal, iria desestabilizar essa áurea de felicidade.

Meus pensamentos foram interrompidos pela batida frenética na porta da minha sala. Meu Deus, não se fazia serviçais como no passado, e isso era realmente lamentável.

- Doutora Bacellar. – Era a Jéssica.

- Menina, você não sabe bater de forma educada na porta? – Ela estava com cara de assustada, mas que se danasse.

- Desculpe, mas é que seu pai está na linha reclamando, tentando falar com a senhora há horas.

- Tudo bem, vou ligar para ele. E aprende de uma vez como se entra em uma sala!

- Sim, senhora. – Ela saiu igual como entrou, como uma flecha.

Então hoje era dia de falar com meu querido pai, estava até com saudades dele. Mas da minha mãe não mesmo, aquela era outra que amava ajudar e pôr gente das classes mais baixas em contato conosco e eu odiava isso. Liguei e no segundo toque ele me atendeu.

- Olá, querida!

- Oi, papai! Estava com saudades! Nem liga para sua filha preferida.

- Você é a única filha preferida que tenho, meu amor! – Eu sentia alegria em dizer essas palavras.

- E a bastarda, que a mamãe insiste em querer cuidar? Estou sabendo que você está morrendo de amores por ela também.

- Isso sempre foi capricho da sua mãe. Mas filha eu só tenho você e não falaremos mais sobre isso.

Eu Prometo te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora