Capítulo 13 - Garota Ideal

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-Sabe, quando eu era criança - disse Emilly olhando para o céu -, eu queria ser astronauta

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-Sabe, quando eu era criança - disse Emilly olhando para o céu -, eu queria ser astronauta.

Estávamos deitados sobre uma toalha na relva, observávamos as nuvens correndo pelo céu enquanto o sol se escondia entre elas.

-Por quê? - perguntei olhando para ela.

-Eu amo o universo, e tudo o que tem nele - disse ela com um leve sorriso. - É uma das poucas coisas que não conseguimos dizer qual o seu limite. É fantástico...

Ela soltou um suspiro.

-E você? O que queria ser quando criança? - perguntou ela me fitando.

-Policial, queria ser como meu pai, mas hoje em dia não tenho mais esse gosto - digo passando meus olhos por ela. - E você, não quer ser mais astronauta?

-Não, descobri que eu gosto da vida na Terra - disse ela e voltou a olhar para o céu. - Lá em cima não tem flores.

Ficamos em silêncio por um longo instante, minha mente borbulhava de pensamentos e senti a necessidade de transcrevê-los para o papel.

-Com o que você trabalha? - perguntou Emilly.

-Tenho uma empresa de consultoria - digo indiferente.

-E deixa eu adivinhar... você não gosta? - perguntou ela com uma sombrancelha erguida.

-Acertou, só a gerencio porque ela é da minha família, meu pai a abriu para mim - digo pensando o quanto eu não gosto de trabalhar lá. - Não é o que eu realmente gosto de fazer.

-E por que você não vive do que gosta de fazer? - perguntou ela com simplicidade.

-Não quero decepcionar meu pai.

-Você não o decepcionará se dizer que esse não é o seu sonho - diz ela virando o corpo para o lado. Seus olhos verdes me fitavam intensamente.

-Quem sabe num futuro próximo?

-E se você não tiver esse futuro próximo? Às vezes a vida gosta de nos surpreender - disse ela me observando atentamente.

-Sim, e você foi uma das surpresas dela - digo a fazendo sorrir.

-Acho melhor nós já irmos, não posso chegar muito tarde em casa - disse ela se levantando.

-Tudo bem, eu a levo - digo sem a mínima vontade de ir embora.

Ao entrarmos no meu carro insisti para levá-la em algum lugar para comer. Ela relutou muito, mas no final acabou cedendo com a condição de que fosse em algum fest food.

-Vou ter que dar no mínimo três voltas no campo para perder toda essa caloria depois - digo mirando os hambúrgueres, batatas fritas e refrigerantes.

-Ah, mas de vez em quando não faz mal - disse Emilly atacando seu hambúrguer. - Hum... está fantástico!

Após comermos fomos embora, deixei Emilly em frente ao Memi's Choco, ela não me deixou a levar até sua casa, mesmo eu insistindo muito.

Gêmeos em AçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora