Quando se é criança, a gente sonha com muita coisa, em ser bailarina ou astronauta, voar entre as nuvens ou participar de uma aventura pirata com sereias e criaturas monstruosas. Quando se é jovem, sonhamos em cursar uma boa universidade, conseguir o trabalho dos sonhos, viajar de férias para outro país e se der tempo, viver um romance ardente. Quando se é adulto, desejamos apenas ter um trabalho estabilizado, uma casa quitada e uma previdência boa. Mas quando se é mãe, você só deseja que seus filhos cresçam seguros e felizes. Quando se é mãe, você faz de tudo para proteger seus pequeninos e vê-los com um sorriso no rosto, e eu consegui... por um tempo.
Sempre passou pela minha cabeça a hipótese de um dia meu passado assombrar o futuro de Leon e Lauren. Mas eu também sempre tive esperança que esse dia nunca chegaria. Sempre pedi aos céus para que o futuro dos meus filhos nunca cruzassem com meu passado, no entanto, acabou sendo inevitável.
–Você está bem? – ouvi a voz de Bryan cortar meus pensamentos. Olhei para ele através do espelho da penteadeira.
–Sim... – digo balançando a cabeça devagar.
–Tem certeza? – perguntou Bryan se aproximando enquanto terminava de abotoar sua camisa. Solto um suspiro e largo a escova de cabelo.
–Na verdade, estou com medo – confesso me virando para ele.
–Por quê? Estarei lá para te proteger – diz pegando minha mão e depositando um beijo, em seguida levou minha mão até seu quadril, até o coldre. – E estarei armado – senti sua arma. – Nos dois sentidos se você quiser... – e desceu minha mão até seu membro.
–Deixa de ser bobo! – digo puxando minha mão com uma risada. – Precisamos sair em vinte minutos – me levanto com a intenção de ir até a roupa que havia separado, mas Bryan impede me abraçando por trás.
–A gente pode se arrumar em dez... – sussurra ele no meu ouvido, um arrepio desce pelo meu pescoço até chegar na área mais sensível do meu corpo...
–Por que eu não consigo te dizer não? – indago e no mesmo instante Bryan me vira e toma minha boca em seus lábios.
Como a boa brasileira que sou, não há nada tão importante que a gente não possa se atrasar um pouquinho...
***
Quando chegamos à penitenciária de máxima segurança, fomos submetidos a uma rigorosa vistoria e burocracia. A sensação ruim por estar ali foi inevitável, era um lugar carregado de energias negativas, fazia o corpo pesar duas vezes mais. Mal havíamos chegado e eu já queria ir embora. Mas eu não podia fugir, finalmente, depois de anos, colocaríamos um ponto final no passado.
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Gêmeos em Ação
Genç KurguLeon e Lauren são totalmente o oposto um do outro, enquanto ele é calmo, intelectual, minucioso e simples, ela é agitada, vaidosa, espontânea e mimada. Apesar da diferença gritante entre eles, os dois continuam gêmeos e melhores amigos. Lauren sempr...