Capítulo 66 - A história acabou

742 79 9
                                    

Quando se é criança, a gente sonha com muita coisa, em ser bailarina ou astronauta, voar entre as nuvens ou participar de uma aventura pirata com sereias e criaturas monstruosas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quando se é criança, a gente sonha com muita coisa, em ser bailarina ou astronauta, voar entre as nuvens ou participar de uma aventura pirata com sereias e criaturas monstruosas. Quando se é jovem, sonhamos em cursar uma boa universidade, conseguir o trabalho dos sonhos, viajar de férias para outro país e se der tempo, viver um romance ardente. Quando se é adulto, desejamos apenas ter um trabalho estabilizado, uma casa quitada e uma previdência boa. Mas quando se é mãe, você só deseja que seus filhos cresçam seguros e felizes. Quando se é mãe, você faz de tudo para proteger seus pequeninos e vê-los com um sorriso no rosto, e eu consegui... por um tempo.

Sempre passou pela minha cabeça a hipótese de um dia meu passado assombrar o futuro de Leon e Lauren. Mas eu também sempre tive esperança que esse dia nunca chegaria. Sempre pedi aos céus para que o futuro dos meus filhos nunca cruzassem com meu passado, no entanto, acabou sendo inevitável.

–Você está bem? – ouvi a voz de Bryan cortar meus pensamentos. Olhei para ele através do espelho da penteadeira.

–Sim... – digo balançando a cabeça devagar.

–Tem certeza? – perguntou Bryan se aproximando enquanto terminava de abotoar sua camisa. Solto um suspiro e largo a escova de cabelo.

–Na verdade, estou com medo – confesso me virando para ele.

–Por quê? Estarei lá para te proteger – diz pegando minha mão e depositando um beijo, em seguida levou minha mão até seu quadril, até o coldre. – E estarei armado – senti sua arma. – Nos dois sentidos se você quiser... – e desceu minha mão até seu membro.

–Deixa de ser bobo! – digo puxando minha mão com uma risada. – Precisamos sair em vinte minutos – me levanto com a intenção de ir até a roupa que havia separado, mas Bryan impede me abraçando por trás.

–A gente pode se arrumar em dez... – sussurra ele no meu ouvido, um arrepio desce pelo meu pescoço até chegar na área mais sensível do meu corpo...

–Por que eu não consigo te dizer não? – indago e no mesmo instante Bryan me vira e toma minha boca em seus lábios.

Como a boa brasileira que sou, não há nada tão importante que a gente não possa se atrasar um pouquinho...

***

Quando chegamos à penitenciária de máxima segurança, fomos submetidos a uma rigorosa vistoria e burocracia. A sensação ruim por estar ali foi inevitável, era um lugar carregado de energias negativas, fazia o corpo pesar duas vezes mais. Mal havíamos chegado e eu já queria ir embora. Mas eu não podia fugir, finalmente, depois de anos, colocaríamos um ponto final no passado.

Gêmeos em AçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora