Capítulo 46 - Um Cooper é um Cooper

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Não sabia dizer quem estava mais aflito, se era eu ou Léon

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Não sabia dizer quem estava mais aflito, se era eu ou Léon. Eu nunca tinha ficado tão feliz de ouvir a voz do meu irmão como naquele momento, mesmo sua voz estando carregada de nervosismo e ansiedade.

–Meu Deus! Lauren, é você mesmo?! – perguntou Léon descreditado e desesperado.

–Sim, Léon, eu roubei um celular há algum tempo, mas só agora resolvi usar – digo com a voz embargada, estava triste e contente ao mesmo tempo. Triste por ter tido o coração quebrado por Louis e contente por poder conversar com Léon.

–Meu Deus, aonde você está, Lauren? Você está bem? E Emilly? Ela também está aí? – perguntou Léon e senti um nó se formar em minha garganta. Fiquei em silêncio por alguns instantes, não sabia o que falar. – Lauren? Está me ouvindo?

–Eu não sei onde estou, Léon, e a Emilly... – não pude terminar de falar. O celular foi retirado de minha mão bruscamente. Meu coração gelou.

Não tive coragem de virar. Mantive meu corpo virado em direção à torre.  O vento soprava forte e trazia consigo o aroma de sabonete e espuma de barbear. Um cheiro tão agradável que eu poderia ficar ali por horas, só inalando aquele ar. Mas junto com aquele vento, pude sentir a respiração pesada que batia contra meu pescoço. Um arrepio passou por toda extensão do meu corpo, era ele. O medo era crescente em mim, não apenas medo do que ele iria fazer comigo, mas principalmente de encará-lo depois de descobrir que tudo para ele não passava de interesse e manipulação.

E de repente, vi o celular e sua bateria sendo arremessados ao longe e desaparecer entre as árvores. Engoli em seco. Estava tão temerosa com que ia acontecer comigo que comecei a soluçar. Lágrimas de pânico se misturavam com as de tristeza e juntas banhavam meu rosto.

–Como conseguiu esse celular? – perguntou Louis fazendo todos meus pêlos se eriçarem. Fiquei em silêncio, minha boca não se abria nem mesmo para respirar. – Responda a minha pergunta, Lauren! – esbravejou Louis me pegando pelo braço e fazendo ficar de frente para ele.

Apesar de ter parecido um gesto brusco, não me machucou em nada, seu aperto em meu braço havia sido tão leve quanto uma brisa, o de mais rude que acontecera foi nossos corpos se chocando. Pode parecer idiota, uma burrice até, mas bastou nossos olhos se encontrarem para eu esquecer toda aquela nuvem preta que o cercava. Tudo havia desaparecido feito fumaça de minha mente e mais uma vez me apaixonei, irracionalmente, pelo mafioso.

–Droga, Lauren! Você não pode simplesmente fazer merda e depois me olhar desse jeito, com esses olhos... – disse Louis com o cenho franzido e soltou um longo suspiro.

–Não precisa mais fingir – digo sem nem perceber. Às vezes meu subconsciente, minha parte racional e sã, fala por mim.

Gêmeos em AçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora