Capítulo 27 - Melhor irmã do mundo

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O enterro não poderia ter sido mais triste, deprimente e arrasador

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O enterro não poderia ter sido mais triste, deprimente e arrasador. Só consegui conter o choro quando entrei no carro de Pablo para ir embora, quando me distanciei daquele local de dor. O caminho até em casa parecia longo e lúgubre, até mesmo o mar com toda sua beleza e agitação rotineira hoje parecia estar fúnebre.

-Chegamos - anunciou Pablo ao meu lado me tirando dos meus devaneios. Olhei pela janela e realmente haviamos chegado, estava tão concentrada em meus pensamentos que nem havia reparado no trajeto.

-Eu nem sei como te agradecer, Pablo - digo soltando um suspiro.

-Não precisa agradecer, faria de novo se fosse preciso - disse ele abrindo um pequeno sorriso. Ele segurou minha mão e a apertou levemente, escutei Tracey grunhir no banco traseiro e descer do carro. - Se precisar de qualquer coisa não hesite em me ligar.

-Obrigada, Pablo - digo forçando um sorriso e descendo do veículo. Antes de entrar em casa me virei para Pablo e acenei brevemente, acompanhei seu carro com os olhos até vê-lo sumir.

Estranhamente me senti observada, senti um frio percorrer minha espinha, olhei ao redor mas não encontrei ninguém, dei de ombros e entrei em meu lar. Tudo estava silencioso, nem mesmo os cachorros latiam, Tracey não estava à minha espera como pensei que estivesse. Provavelmente ele estava trancado em seu quarto. Não ia procurá-lo, quem estava precisando de consolo era eu. Tracey estava sendo egoísta, deixando o ciúmes sufocá-lo e fazendo-o agir de maneira idiota.

Subi a escada e arrastei os pés pelo corredor, estava exausta, meu corpo quase não tinha forças para se manter ativo. Ao passar pelo quarto de León escutei o som de soluços e parei à porta, dei duas batidas com os nós dos dedos e entrei. Encontrei León agachado no chão, sua cabeça estava enterrada nos braços e ele chorava sem pudor. Corri em sua direção e me pus ao seu lado, o puxei para um abraço e ele não recusou, pelo contrário, me abraçou com força.

-León, o que aconteceu? Por que você está assim? - pergunto preocupada, já estava a ponto de chorar por vê-lo assim. Nunca o tinha visto dessa maneira antes, nem quando éramos crianças e ele fraturou o braço.

Ele não respondeu, apenas chorou. Chorou por quase uma hora, segundo o relógio em cima do criado mudo, quando se recompôs enxugou o rosto e ficou fitando o nada, sem pronunciar uma palavra.

-Ela se foi - disse León após alguns minutos. Franzi o cenho.

-Ela se foi? - perguntei confusa.

-Sim, se foi - disse León ainda fitando o nada. - Emilly terminou comigo.

-Por quê? - perguntei ainda mais confusa. - Por que ela terminaria com você? Ela nunca vai encontrar alguém tão incrível! - eu realmente estava ficando irritada com a "garota ideal".

-Porque o pai dela é o dono da maior máfia de Miami - disse León e arregalei os olhos.

-Isso é sério? - perguntei perplexa, León assentiu com a cabeça. - Meu Deus...

Gêmeos em AçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora