Capítulo 17 - Ao infinito e além

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E lá estava ele com seu uniforme e vigor, me protegendo de três figuras negras que tentavam a todo custo me fazer mal

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E lá estava ele com seu uniforme e vigor, me protegendo de três figuras negras que tentavam a todo custo me fazer mal. Mas a luz que emergia do meu herói de farda não os deixavam se aproximar. Sua sagacidade, coragem e veemência o transformavam em um lindo diamante negro, reluzindo toda sua bravura e determinação. Ele era um lindo anjo negro.

Simto algo úmido roçar meus braços, mãos e rosto. Abro os olhos assustadas e rio ao constatar que são apenas meus cachorros.

-Ei, o que vocês estão fazendo aqui? - pergunto fazendo carinho neles.

-Estão te esperando para levá-los para passear - ouço uma voz dizer e viro bruscamente para a porta. Vejo Tracey trajando uma bermuda jeans, regata preta e tênis. Arqueo uma sombrancelha.

-Como assim? - pergunto inquisitiva.

-Você vai me ajudar a levá-los para dar uma volta no parque - diz Tracey com ar de autoridade.

-E quem você pensa que é para me dar ordens? - digo com o cenho franzido. Não me importo de levar meus cachorros para um passeio, mas não suporto a ideia de receber ordens de alguém que mal conheço.

-Ou é isso ou eu conto para seus pais sobre seu passeio de ontem, e nem adianta fazer seus joguinhos - diz Tracey não deixando espaço para negociações ou ameaças.

-Que seja... - digo cedendo de primeira. - Se é só essa condição que eu tenho que fazer para não ser dedurada... então okay.

-Essa é só uma das condições - diz Tracey me fazendo arquear as sombrancelhas.

-Como é que é?

-É isso mesmo, você terá que fazer muito mais do que só passear com seus cachorros para me fazer ficar de boca fechada - diz ele e estreito os olhos.

-Você é um grande cretino, Tracey - digo me levantando e indo para o banheiro.

E como se não bastasse ter que conviver na mesma casa que Tracey, eu ainda vou ter que me passar por escrava? Alguém o avisa que esse é um país livre!

Após me arrumar desci para tomar café e encontrei meu irmão e Tracey conversando. Ninguém merece...

-Bom dia, León - digo sentando na cabeceira da mesa.

-Bom dia - diz ele com desânimo.

-Irá trabalhar hoje? - perguntei para puxar assunto.

-Não, vou trabalhar daqui de casa mesmo, com essa viagem dos nossos pais não quero te deixar sozinha - diz León e abre um sorriso fraco para mim.

-Impossível ficar sozinha, tenho uma babá vinte quatro horas agora - digo apontando com o queixo para Tracey.

-De qualquer forma, não estou muito afim de sair de casa hoje - diz León e meu coração se parte com a tristeza estampada em sua voz.

Gêmeos em AçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora