Capítulo 42 - Filho da Máfia / Parte I

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Definitivamente não estava nos meus planos apaixonar-se por um mafioso

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Definitivamente não estava nos meus planos apaixonar-se por um mafioso. Muitos dirão que estou sendo precipitada em afirmar que me apaixonei por outra pessoa em apenas dois dias, mas não é precipitação. Não é apenas desejo carnal, vai muito além disso, como se minha alma pertencesse a ele há muito tempo. Pode parecer clichê, mas é como se eu conhecesse Louis há muitos anos e somente agora ele se idealizou em minha vida. Sempre faltou algo, uma parte de mim sempre foi incompleta, cheguei a achar que isso já tinha sido resolvido quando estava com Tracey, mas estava enganada. E com Louis está sendo diferente, não há dúvidas de que ele é o que faltava em mim.

-No que você está pensando? - perguntou Louis tirando-me da minha nuvem de pensamentos. Ainda estávamos no telhado, o vento soprava forte e as estrelas desapareciam conforme as nuvens se moviam.

-Você acha que somos capazes de se apaixonar por alguém tão facilmente? - perguntei ficando de frente para ele.

-Não acredito em coincidência, o amor não é um acaso - respondeu ele de forma tão singela.

Estávamos sentados um de frente para o outro, nossos joelhos quase se tocavam, mantínhamos contato visual apesar da pouca luz, nossas respirações se misturavam naquele ar gélido.

-Melhor entrarmos, vai começar a chover - disse Louis e levantou-se, em seguida estendeu a mão para mim, a segurei e fui guiada de volta para o seu quarto.

Fiquei parada ao lado da cama, esperando por algum tipo de ordem, pois apesar dos acontecimentos recentes, Louis ainda continuava sendo um mafioso, ele ainda continuava sendo meu sequestrador.

-Vejo que ainda está receosa - disse Louis prendendo os cabelos com um elástico preto. Ele não se aproxima, ao invés disso apoia as costas na parede e cruza os braços. Seus lábios têm a sombra de um leve sorriso.

-Ainda estou mantida aqui como sua vítima, não estou? - perguntei mais baixo do que queria que saísse.

-Teoricamente sim - disse ele dando de ombros, o que me fez ficar intrigada.

-Teoricamente? - perguntei para incentiva-lo a explicar-se.

-Para sua família, para a polícia, para a mídia e o resto do mundo, sim, você é minha vítima - disse ele em um tom sereno, como se aquilo não passasse de um acontecimento rotineiro (de uma pessoa "normal"). - Mas na prática... digamos que você é minha hóspede. Mas uma hóspede especial.

Seus olhos me fitaram com tanta intensidade que pensei que minha pele fosse queimar. Eu ia dizer algo, ia respondê-lo, mas um grito agudo atravessou a sacada e me perturbou. Era um grito de dor. Um grito feminino...

-EMILLY! - gritei e corri para a sacada. Tentei enxergar algo, mas foi inútil, a escuridão era densa demais.

Senti Louis atrás de mim e me virei para ele. Seus olhos estavam semicerrados e fitavam a escuridão.

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