Capítulo 29 - Toda terça

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-Emilly Beaumont, por um bem maior, você quer se casar comigo?

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-Emilly Beaumont, por um bem maior, você quer se casar comigo?

-Por Saturno... é claro que eu quero! - gritou ela e se jogou em meus braços. A levantei no ar e a girei enquanto ela sorria para mim. - Você não sabe o quanto estou feliz!

-Espero que a data de hoje não te faça apenas lembrar dos momentos ruins, mas também dos bons, como esse - digo a colocando no chão e acariciando seu rosto. - Eu te amo, Emy.

-E eu amo você - disse ela com os olhos cintilando e senti meu peito se aquecer. A puxei pela cintura e fiz seus lábios grudarem nos meus. Não queria ter quebrado o contato entre nós e muito menos romper a onda de calor que passava pelos nossos corpos, mas batidas na porta nos fizeram separar abruptamente.

Emilly me mandou se esconder de baixo de sua cama e não pensei duas vezes, não podia estragar meu plano e muito menos nossa chance de ficarmos juntos e livres. Pela fresta da coberta vi a porta se abrir e sapatos lustrosos entrar, Emilly se sentou na cama e seus pés ficaram em minha frente. Ela os balançava sutilmente.

-Você acha que esteja ficando doente novamente? - ouvi a voz de Hector e associei os sapatos brilhantes a eles.

-Talvez - disse Emilly em um tom baixo. - Com tudo que está acontecendo... acho que meu corpo está tentando achar uma saída.

-Peça para sua vó te levar ao médico, esta semana estarei em Nova York a trabalho e quando voltar quero ver o resultado dos exames - disse Hector e sorri com a notícia. Nos próximos dias farei de Emilly uma Cooper.

-Tudo bem... - ouvi Emilly dizer e vi os sapatos de Hector o levarem até a porta.

-Seu casamento acontecerá em um mês, cuide de sua saúde até lá... - disse Hector e completou antes de bater a porta. - Depois disso, você não é mais problema meu.

Esperei Emy caminhar até a porta e trancá-la para sair de baixo da cama, sacudi as roupas para tirar a poeira e olhei para ela com um sorriso.

-Mal sabe ele que sua filha estará casada em menos de uma semana - digo a fazendo sorrir comigo.

-Você não me explicou como iremos conseguir nos casar - disse ela e me puxou para sua cama, deitamos um ao lado do outro.

-Como não temos idade suficiente precisaremos do consentimento dos nossos responsáveis - digo enquanto acaricio a mão dela. - Eu dos meus pais e você da sua avó. Ela tem sua guarda, não é?

-Sim, desde que minha mãe faleceu... Hector não queria essa responsabilidade - disse ela em tom neutro, não demonstrando nenhum tipo de sentimento.

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