Capítulo 49 - Pela segunda vez / Parte II

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Fazia algum tempo que Emilly e eu estávamos admirando o sol se pôr

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Fazia algum tempo que Emilly e eu estávamos admirando o sol se pôr. É difícil acreditar que a pouco tempo atrás eu estava querendo tirar minha vida, querendo colocar um ponto final em tudo, e agora só quero vivê-la intensamente outra vez, apenas com reticências. E essa vontade de viver se devia à Emilly, ela dava graça à vida, fazia tudo parecer belo e prazeroso.

Emy estava deitada entre minhas pernas, afagava sua cabeça com todo cuidado, ela estava sonolenta e por mais que eu quisesse que aquele momento se eternizasse, já estava na hora de ir embora.

–É melhor irmos, temos que ir devolver o carro e achar um hotel para passar a noite – digo ainda acariciando o topo de sua cabeça.

–Vamos ficar só mais um pouco, por favorzinho – pediu ela e se aconchegou mais em meu colo.

–Tudo bem – me dei por vencido, afinal, não há nada que ela me pedisse que eu não faria.

–Achei que nada no mundo pudesse superar a dor que eu senti quando perdi minha mãe, mas eu estava enganada – disse Emilly depois de um tempo em silêncio. – Ver você a um passo da morte foi devastador, muito pior do que qualquer coisa que já passei, e olha que não foram poucas.

–Não queria que nada disso tivesse acontecido, mas eu não posso e nem consigo viver em um mundo onde você não exista – digo sentindo um nó se formar em minha garganta só com o pensamento de não ter mais Emy.

–Acho que eu faria o mesmo no seu lugar... – disse ela e ficou de joelhos, de frente para mim. – Com certeza eu teria me jogado nesse mar atrás de você.

Ela pousou um beijo nos meus lábios e me abraçou carinhosamente.

–Como você descobriu que eu estava aqui? – perguntei à ela, ainda não havia descoberto como ela me encontrara. Ela desfez o abraço e se afastou alguns centímetros para me olhar.

–Seus pais me mostraram seu bilhete que dizia que você precisava pensar em "um lugar calmo onde as ondas quebravam como um grande coração que sofre por amor" – disse ela e sorriu. – Fui eu que te disse isso, aqui, nessa rocha.

Abri um pequeno sorriso e a puxei para perto de mim, precisava a sentir contra o meu corpo, não suportava a ideia de tê-lá distante de mim, mesmo que fosse apenas alguns centímetros. Nada e nem ninguém nos separaria mais, ou eu não me chamava Leon Cooper.

***

–Já falei com meus pais, eles esperaram a gente no aeroporto amanhã e de lá vamos até a cidade em que você estava – digo quando vejo a porta do banheiro se abrir.

Gêmeos em AçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora