Capítulo 58 - Por livre e espontânea vontade

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–Pai

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–Pai...

Meus pulmões deixaram de existir naquele momento, o oxigênio não chegava até mim. Achei que o medo estava me fazendo delirar, ver aparições.

–Pai... – sussurrei novamente, paralisada.

–Lauren! – ouvi a voz do meu pai e não me contive, me joguei em seus braços. Ouvir a voz dele e sentir o calor de seu abraço me fez ter certeza de que eu não estava ficando louca, era mesmo real.

As lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto inteiro. Abracei meu pai com toda a força que conseguia, não queria que aquele momento fosse apenas coisa da minha cabeça ou apenas um bom sonho.

–Minha filha! Você não sabe o quanto eu e sua mãe choramos! – disse meu pai quebrando o abraço. Ele segurou meu rosto com as duas mãos e me analisou feito um perito. – Você está bem? Fizeram algum ruim com você?

–Eu estou bem, pai, mas o que você está fazendo aqui? – perguntei tentando segurar as lágrimas.

–Vim te buscar, você já passou tempo demais longe de casa – respondeu enxugando meu rosto. Ele me olhou fixamente nos olhos. – Temos que sair da...

Não deu tempo dele completar sua frase. Ouvimos o som de tiros vindo lá debaixo. Meu coração voltou a disparar. A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi Louis, foi inevitável não pensar, eu o amava, apesar de tudo.

–Pai, o que está acontecendo? – perguntei assustada. Meu pai me abraçou.

–Não se preocupe, tudo vai ficar bem – respondeu ele, mas aquilo não me tranquilizou nenhum pouco.

Não sei dizer quanto tempo se passou, os tiros pareciam não ter fim, meu medo parecia não ter um fim. Mas em algum momento daquela noite, o barulho cessou.

–Acho que já podemos descer – disse meu pai e senti meu estômago se revirar.

Descemos por uma escada até a parte de trás da mansão. Havia algumas pessoas de uniforme cinza ali, recebi os olhares delas por alguns instantes e então voltaram a fazer o que faziam antes. Meu pai perguntou algo para alguém, mas eu não prestei atenção na conversa, minha mente estava concentrada em Louis. Estava temerosa pelo o que podia ter acontecido a ele.

Quando adentramos o hall principal da mansão meu coração bateu forte. Havia sangue espalhado pelo chão e alguns corpos caídos imóveis, mas a maioria das marionetes de Louis estavam algemadas. Senti meu estômago se revirar com todo aquele sangue, mas segurei a vontade de vomitar. Procurei com o olhar por Louis, entretanto parecia que ele não estava ali.

Gêmeos em AçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora