Capítulo 37 - Loop Infinito

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Eu estava estática

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Eu estava estática. Completamente sem reação. Perplexa e imóvel. Ele por outro lado pressionava seus lábios contra os meus, em nenhum momento ele tentou invadir minha boca com a língua, o que achei ótimo. Mantinha meus olhos abertos enquanto os dele estavam fechados, parecia surreal o que estava acontecendo. Eu não sabia o que fazer, minha vontade era de empurrá-lo e socá-lo na cara, mas minha consciência me lembrava constantemente que ele era um mafioso perigo.

Senti meus lábios ficarem leves novamente, sem qualquer tipo de pressão contra eles, o mafioso havia interrompido o beijo. Seus olhos estavam fixos em mim, seus cabelos roçavam meu rosto levemente e sua respiração era serena. Era difícil de acreditar que ele era o chefe de uma máfia.

-Está com medo? - perguntou ele com sua voz sedosa.

-Sim... - digo quase em um sussurro. Seus lábios se curvaram em um sorriso sutil.

-Não precisa ficar com medo, não vou machucá-la, a menos que você não se comporte... - disse ele e acariciou o meu rosto. Engoli em seco, estava realmente com medo. - Quero que você tome café comigo. Aceita?

Não sei se eu realmente tinha opção de escolha, então assenti com a cabeça, mostrando que eu aceitava seu "convite". Antes de se levantar ele passou o nariz pelo meu pescoço e subiu até a orelha, o arrepio que senti foi inevitável, ele sabia o que estava fazendo. Ele saiu de cima de mim e estendeu a mão, não tinha escolha de qualquer forma então segurei a mão dele.

Ele me guiou para fora do quarto e passamos pelo corredor, conforme passávamos pelas portas, barulhos de cama tremendo e gemidos altos eram bem audiveis. Fiquei bastante constrangida e optei por olhar para o chão, era extremamente vergonhoso escutar a transa dos outros, mas é pior ainda ouvir várias transas com um desconhecido/mafioso/sequestrador ao seu lado. Descemos os largos degraus e agora que estava usando minhas próprias pernas pude confirmar como a escada era longa. Quando alcançamos o último degrau ele ainda segurava minha mão, passamos pelo hall e por uma sala de visita com sofás espaçosos e um piano de calda longa lindo. Chegamos em um cômodo com uma longa mesa de madeira escura, havia pelo menos trinta lugares. Ele sentou na cabeceira da mesa e eu tive que sentar ao seu lado direito, havia um pequeno banquete servido e meu estômago gemeu de fome no instante em que olhei toda aquela comida.

Não esperei nenhum tipo de permissão para atacar a comida, enchi um prato com torradas, bolos e pães. Estava comendo com muita rapidez até que lembrei de Emilly e larguei o pedaço de bolo no prato.

–Meu Deus, a Emilly! Ela deve estar morrendo de fome lá embaixo! – digo desesperada esquecendo por um segundo quem estava ao meu lado.

–Não se preocupe, meus empregados têm ordens expressas para levar comida à ela – disse o mafioso em um tom calmo. Relaxei um pouco em saber que Emilly teria comida.

Voltei a comer um pouco mais devagar, o café da manhã durou uns longos minutos e foi uma tortura, pois eu sentia o olhar do mafioso queimar em mim enquanto ele comia normalmente.

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