Capítulo 51 - Uma chance / Parte II

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Aquele havia sido um dia bem longo, as horas pareciam não ter fim

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Aquele havia sido um dia bem longo, as horas pareciam não ter fim. Passei tanto tempo chorando que minhas forças haviam se esgotado, me senti fraca quando tentei levantar e uma leve vertigem me pegou. Não havia comido nada e meu estômago dava claros sinais de que eu precisava me alimentar. Depois de ter vestido uma roupa e lavado o rosto, me senti pronta para sair e encarar a realidade fora daquele quarto. Mas não precisei abrir a porta, alguém já havia feito isso por mim. Era ele. Suas roupas eram as mesmas de hoje mais cedo, apenas seu cabelo havia mudado, estava mais rebelde.

Gostaria de dizer que sua presença não tinha me afetado em nada, que todo aquele sentimento havia evaporado e que todas aquelas sensações não eram mais presentes em mim. Mas eu estaria mentindo e mentir para si mesmo era tão errado quanto mentir para outra pessoa.

–Você está bem? – perguntou ele, sua voz era suave, mas carregava preocupação. Me perguntei se ele realmente se importava comigo?

–Sim, só estou com fome – disse em tom seco e passei por ele, mas fui impedida de continuar, pois sua mão segurou meu braço, me fazendo parar.

–Lauren, a gente precisa conversar – disse Louis me trazendo para mais perto dele. Tentei me convencer que seu toque não tinha mais efeito sobre mim.

–Conversar sobre o que, Louis? Para mim já está mais do que claro que nós dois nunca daríamos certo – disse sentido um nó se formando em minha garganta.

–Eu não penso assim – disse ele e sua voz parecia magoada, como se o que eu disse havia o ferido.

–Como você pensa então, Louis? – perguntei puxando meu braço e o olhando seriamente. – Deixe-me adivinhar, você se casa com a lacraia de Prada, uni as duas máfias, enche o rabo de dinheiro e transa comigo enquanto a  recém-corna dorme tranquilamente em seu quarto? – era nítida a raiva que havia colocado em cada palavra.

O semblante dele era indecifrável, não sabia o que ele estava pensando. Não consegui capturar nenhuma reação, o que era um pouco frustrante. E então, ele recuou um passo.

–Você tem razão, nunca daríamos certo – suas palavras saíram como lâminas afiadas, e o alvo era meu coração. Ele passou por mim e parou no meio do caminho. – Hoje receberei convidados importantes, não ouse sair do seu quarto depois das oito horas.

E ele partiu. Me deixando em fragmentos naquele corredor.

***

A tarde se arrastou lentamente, mas não me preocupei com o tempo daquela vez. Não me importei quando os fantoches de Louis começaram a aparecer na mansão. Eu não tinha o costume de ficar na biblioteca depois das cinco, pois esse era o horário que as marionetes começavam a dar as caras, sempre subia antes para evitar o contato social e visual com eles. Mas naquele dia não me importei com isso.

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