Capítulo 38 - Prisão nas montanhas

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Meus olhos se abriram contra minha vontade, o meu desejo era de dormir pelo resto da vida, ou dos dias, já que meu futuro estava ameaçado a não existir

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Meus olhos se abriram contra minha vontade, o meu desejo era de dormir pelo resto da vida, ou dos dias, já que meu futuro estava ameaçado a não existir. Mas o sono já não me pertencia mais. O quarto estava escuro, apenas uma suave luz amarela banhava o cômodo parcialmente. Notei que a luz estava sendo projetada em minha direção e virei meu corpo para o lado da porta. Tomei um susto quando vi o mafioso sentando em uma poltrona com um abajur alto, de suporte longo, apontando para mim. Ele me observava sem pudor, sua mão direita segurava um copo de whisky, a bebida já estava no fim.

-Espero que tenha tido um agradável sono - disse ele balançando a bebida em círculos dentro do copo.

-Sim... - digo, não muita certa de aquilo era de fato verdade. Havia tido muitos pesadelos.

-O que você acha de jantarmos? - perguntou ele, já certo de qual seria minha resposta.

-Eu adoraria, mas estou sem roupas... - digo me sentindo desconfortável de ter que lembrá-lo que estou nua em sua cama.

-Sei disso - disse ele e vi um minúsculo sorriso brotar nos seus lábios. Tentei não parecer um rato de laboratório assustado então me concentrei no copo em sua mão. - Há roupas no banheiro, pode tomar banho se quiser.

Voltei meus olhos para ele e pisquei algumas vezes, confusa e surpresa. Certifiquei que o lençol de cetim estava bem preso ao meu corpo e caminhei até o banheiro, tranquei a porta ao passar e despi o lençol. Havia uma banheira bem grande que se insinuava para mim, mas como eu não queira reviver as cenas de hoje mais cedo optei por tomar uma chuveirada no box. E foi até melhor que tomar banho de banheira, pois a água quente levava para o ralo toda sujeira e pude lavar os cabelos descentemente. Não hesitei em usar os produtos do mafioso, ele não iria se importar com isso. Saí do box tão limpa e cheirosa que achei impossível uma flor ser tão pura quanto eu naquele momento.

Procurei pelas roupas e as vi em cima do balcão da pia, estavam dobradas e ainda tinham as etiquetas da loja. Havia um conjunto de roupas íntimas de renda vermelha, o sutiã era sem alças, um vestido vinho de mangas longas com caimento nos ombros, justo na cintura e de cumprimento razoável. Havia também um par de botas sem saltos marrom e uma meia calça preta. Vesti as roupas e me olhei no espelho, não estava nada mal, o vestido parecia ser sob medida de tão bem que ficou no meu corpo. E os sapatos couberam perfeitamente. Dei uma arrumada no cabelo e decidi que já era hora de sair, não poderia ficar naquele banheiro para sempre, tinha que enfrentar o que estava por vir.

Atravessei a porta e encontrei o mafioso no mesmo lugar de antes, notei que a cama estava arrumada e imaginei se teria sido ele próprio que teria feito. Ele se levantou e virou-se em minha direção, seus olhos passaram demoradamente por mim e um sorriso de aprovação surgiu em seus lábios.

-Estava certo de que esse vestido ficaria perfeito em você - disse ele e pude ver um brilho ascender em seus olhos.

-Você que o escolheu? - perguntei desconfiada.

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