Capítulo 32 - Minha liberdade

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Todo o som que um dia o mundo já teve havia sido cessado

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Todo o som que um dia o mundo já teve havia sido cessado. Apenas o silêncio era audível. Senti uma leve pressão nos meus dedos. Era Emilly. Ela segurava minha mão. Estava assustada. As portas da igreja estavam abertas. Hector estava parado lá. Sua expressão era de puro ódio. Eu sorri largamente para ele.

-Que bom que venho, sogro! Peço desculpas por não termos mandado um convite, mas não queríamos atrapalhar sua viagem - digo em um tom casual e sinto o aperto de Emilly se intensificar.

Hector ergue as sombrancelhas em surpresa.

-O que você disse, garoto? - perguntou Hector se aproximando em um andar imponente e ameaçador. Eu continuei sorrindo.

-O que você está fazendo? - sussurrou Emy ao meu lado.

Segurei a mão de Emilly e a puxei para descermos o altar, ela estava visivelmente com medo. Meu olhar estava em Hector, ele andava calmamente até nós e ao chegar perto o bastante para não precisar aumentar a voz, ele parou. Estávamos a um metrô de distância.

-Você realmente acha que se casando em uma igreja com esse... garoto, vai impedir sua união com o futuro dono da máfia de Nova York? - perguntou Hector em um tom muito baixo com um sorriso de canto.

Abri um grande e verdadeiro sorriso.

-Um casamento na igreja não, mas em um cartório... - digo e vejo o sorriso de Hector se desmanchar. Seus olhos, por alguns segundos, carregam incompreensão, mas logo a fúria, que eu esperava, surgi.

-Vocês.. não... não mesmo - disse ele rindo sem humor, como se eu tivesse contado a maior das mentiras. - Eu sou pai dela e não lembro de ter autorizado nada, então como vocês iriam conseguir casar no cartório?

-Você é o pai, mas não o responsável por Emilly - digo e o vejo travar o maxilar e cerrar os punhos. - Dona Rebecca tem aguarda dela, por tanto, a autorização coube somente à ela.

-Eu vou matar você, moleque... - disse ele entre dentes e o vi levar a mão até a cintura.

-Vai, faça isso, me mata na frente de todas essas pessoas, ganhe o seu passaporte para a cadeia e de brinde veja o seu reinado cair junto com você - digo o olhando incisivo. Hector puxa sua mão de volta e me fuzila com o olhar.

-Cuidem-se, Cooper's - disse Hector em tom de ameaça. - O mundo lá fora não é uma igreja a qual vocês podem passar o resto da vida escondidos de mim.

Ele lançou uma última olhada à Emilly, virou-se e saiu por onde entrou.

-Vamos, está na hora da chuva de arroz! - disse Lauren a todos os convidados e os vi levantarem e saírem.

Me virei para Emilly.

-Você está bem? - perguntei preocupado, ela tinha o olhar vago.

-Eu... eu... - sussurrou ela e ergueu os olhos para mim. - Eu... estou... livre - disse ela pausadamente. - Finalmente livre.

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