Capítulo 54 - Pequena Chloe

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Eu estava pirando

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Eu estava pirando. A cada dia meu corpo sofria mais com a ausência de Lauren. Minha mente não me deixava descansar ou concentrar em outra tarefa a não ser tentar encontrar Lauren. Me mantinha o máximo de tempo acordado, para isso recorria a ajuda de remédios, energéticos e litros de cafeína. Mas o excesso dessas substâncias e a falta de boas noites de sono e a mau alimentação estavam prejudicando minha saúde e isso ficou bem aparente. Meu rosto ganhou escuras bolsas abaixo dos olhos, minhas roupas estavam ficando largas, minha boca vivia ressecada pela falta de água não ingerida e meus cabelos e barba estavam crescendo rapidamente. Eu era o sinônimo de desastre.

Quando eu pensei que não podia piorar, a vida mostra que sempre tem um jeito da merda feder mais ainda. Como se não bastasse tudo o que estava acontecendo, Kayla surgi com mais notícias ruins.

–Meu Deus, Tracey, você está horrível! – disse Kayla quando sentei em sua frente. Estávamos em uma cafeteria perto do hotel onde ela está hospedada.

–Quando vocês chegaram? – perguntei, ignorando seu comentário.

–Ontem à noite, não te liguei porque já estava tarde – disse ela segurando o copo de café entre suas mãos.

–E como ela está? – perguntei preocupado. Kayla soltou um suspiro que fez com que seus ombros caíssem e ela perdesse toda sua pose de durona.

–Eu estaria mentindo se dissesse que bem... – disse Kayla comprimindo os lábios. Era visível que ela estava se esforçando para não chorar. – Ela está animada para te ver. Falou de você a semana inteira – Kayla forçou um pequeno sorriso.

–Eu também quero vê-lá – digo com sinceridade. – Quando vai ser a consulta?

–Hoje à tarde – respondeu Kayla bebendo seu café.

–Me mande o endereço e a hora, estarei lá.

***

Estava no hall de entrada do hospital esperando por Kayla. Estava um pouco nervoso, o ambiente hospitalar nunca me passou conforto ou alívio, era um lugar de notícias ruins na maioria das vezes.

Estava distraído, pensando em algum jeito de resgatar Lauren quando pequenos braços circularam meu quadril.

–Papai! – olhei para baixo e encontrei uma menininha de cabelos loiros encaracolados. Sorri.

Me agachei para ficar na altura dela e a abracei. Ela apertou meu pescoço com toda força que seus pequenos braços permitiam. Afastei ela com delicadeza e sorri outra vez.

Gêmeos em AçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora