No dia seguinte...
Acordei com um barulho vindo da cozinha. Olhei para o lado, porém Taylor não estava na cama.
Bom dia, Espírito Santo!
Levantei, esfregado as mãos nos olhos e caminhando em direção a cozinha. O que será que ele está aprontando?
— Te acordei? — me olha assustado.
— Digamos que sim. — bocejo.
— Desculpa amor, só queria levar um café bem quentinho pra você. Afinal, seu dia foi bem estressante ontem, não é? — pergunta manhoso.
— Tipo isso. — respondo ainda preguiçosa. — Espera um pouco. — volto para o quarto, para fazer minha higiene matinal.
Taylor é um tipo de pessoa que não deixa de ser carinhoso. Mas quando é para ficar bravo... saí de baixo! O estresse dele é tão engraçado, porque é momentâneo. Na mesma hora ele volta, pede perdão e começa a dar risada do que acabara de acontecer. Já eu não. Sou o tipo de pessoa que leva dois dias sem falar com a outra por causa de besteira, mas ao mesmo tempo quero que ela venha me pedir perdão, porque não tenho coragem e porque sou orgulhosa (só um pouquinho vai!).
(...)
Sentei-me na mesa para tomar o café da manhã feito pelo homem da minha vida. Ele não parava de me olhar, parece que queria me perguntar algo.
— O que foi? — pergunto já incomodada.
— Nada não. — responde.
— Amor, eu te conheço. — seguro em suas mãos. — Você quer me dizer algo, mas não está com coragem. É sobre filhos?
— Não. Eu já entendi que não dá. Já entendi que seu trabalho é mais importante que a felicidade de gerar uma criança, sei lá, só acho que essa casa anda muito silenciosa. Bem pior que o cemitério. — levanta-se e caminha direto para o quarto.
Meu coração partiu ao ouvir isto. Por que ele tem que mudar de humor toda hora?! Mais um problema para ficar infiltrado na minha mente; mais um para martelar meu psicológico. Por que ele não me compreende. Seria pedir muito?
Preciso ligar para minha mãe;
Preciso conversar com ela.
Sim. Eu vou fazer isso.Pego minha bolsa e coloco dentro do carro.
Chegando lá, senti aquele cheirinho de terra molhada. Aquilo sempre foi bom as minhas narinas, eu amava regar o jardim pela manhã quando pequena. A casa está do mesmo jeito.
— Família? — tranco o carro.
— Jesus! — ela coloca as mãos na boca, surpresa. — Amor, olha só quem está aqui! — chama meu pai.
A felicidade era tanta que comecei a chorar com aquela cena: os dois de cabelos brancos, tão animados ao me ver.
— Louvado seja Deus! — meu pai grita.
Por fim, demos um abraço coletivo, bem apertado. Eu precisava desse carinho, desse mimo, desse amor.
— Vamos entrando querida. — ela diz com as mãos apoiadas sobre meu ombro.
— Nossa... que saudades de vocês. — falo, ainda emocionada.
— Nós também querida, entendo que seu tempo é bem curto. Os finais de semana é bem legal, mas não é a mesma coisa. Agora...tenho que sair. — ele explica.
— Vá com Deus pai. — beijo sua testa.
— Amém. Tchau querida. — deposita um selinho em minha mãe.
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Herdeira II - Manual de Batalhas
SpiritualeObra concluída ✔️ Se você não conhece o primeiro livro, aconselho que feche esse e vá até o meu perfil, senão, não compreenderá a história. Obrigada. A missão de Melissa aqui na terra ainda não terminou. Deus disse que muitas pessoas precisariam del...