Herdeira II - Manual de Batalhas

Cap.14 ❤ Mulheres são extremamente complicadas

Não é fácil dormir aqui. Primeiro que a internet é muito fraca, segundo que algumas pessoas dormem tarde e fazem muita zoada.

❤❤

Acordei com um barulho ensurdecedor. Uma espécie de sino escolar. Mas que diabos...levanto bem irritada e coloco minha cabeça na porta, algumas crianças estavam saindo de seus quartos com toalhas nas mãos. Não acredito, ainda são 06:20am!

Volto a deitar. Olho meu celular e na tela de bloqueio aparece cinqüenta novas mensagens do Erick e vinte ligações. Preciso inventar uma mentira.

(...)

Levantei e fiz minha higiene matinal. Melissa havia acabado de passar aqui e disse que o café dos adultos é reunido, porém eu disse que prefiro comer sozinha.

Mais tarde ela vai fazer um tour comigo, irei conhecer esse centro inteiro e tentar descobrir a importância. O que não me interessa.

Alguém bate na minha porta.

— Aqui está seu café senhorita. — diz uma moça com um uniforme de cozinheira.

— Obrigada. — pego a bandeja. Nela havia: frutas, pãezinhos, café e suco de laranja. Nada mal.

Por fim, fui atrás de Melissa para começarmos. Ela já estava me aguardando na entrada do centro, com um sorriso bem largo, ao seu lado estava a dona e...não pode ser! Aquele menino do violão branco!

— Bom dia. — Melissa sorriu. — Terei que resolver uns assuntos urgentes. Então, convidei Henrique para fazer esse tour, afinal, a primeira vez que pisei meus pés aqui, ele me mostrou esse mundo de uma forma tão... Apaixonante! — gargalha.

Então seu nome é Henrique.

— Muito prazer. — ele estende as mãos e eu tento parecer a pessoa mais normal possível.

— O prazer é todo meu. — retribuo com as mãos.

— Vamos? — sorri. É o sorriso mais lindo de todos.

Ele colocou as mãos nas minhas costas para me guiar.

— Então...Como é seu nome? — pergunta.

— Morgana. Morgana Pontes. — sorrio. O que estou fazendo?

— Nome de gente má. — solta uma risadinha fofa. — Não que você seja, mas sua aparência de menina meiga não corresponde ao seu nome. — comenta.

— Obrigada. — digo sem jeito.

— Bom, aqui é a entrada principal. — paramos em frente ao portão. — Notório, não é mesmo? — brinca. — Daí, temos o departamento, árvores, senhores e senhoras...

Gargalhamos.

— Brincadeira. Essa área externa é inspirada em um jardim. Nós queríamos que mais flores crescessem para dar uma aparência mais... Não sei explicar. Por enquanto só temos capins e árvore. — sorri. — Essa área verde é muito agradável aos idosos que chegam aqui e isso é muito gratificante. Desse lado esquerdo do centro, temos o parquinho das crianças e do direito, as quadras. — faz um biquinho fofo.

Ele era encantador.

Entramos no centro e ele me mostrou cada quarto, a sala (que era enorme), o auditório, a cozinha, os banheiros (que são muito bem limpos por sinal). No final do tour, entramos por um portão que dava acesso ao fundo do centro, aonde havia um jardim bem florido.

— Essa área...É muito especial também para todos daqui. — seus olhos estavam marejados. — Vem. — chama-me e senta-se na grama. Fiz o mesmo. — A alguns anos atrás, uma menina chamada Nicoly morou aqui conosco, essa linda garotinha, não falava absolutamente nada! Tudo isso por causa de um trauma: presenciou a morte da sua própria mãe, mas se escondeu dentro do guarda-roupa.