Obra concluída ✔️
Se você não conhece o primeiro livro, aconselho que feche esse e vá até o meu perfil, senão, não compreenderá a história. Obrigada.
A missão de Melissa aqui na terra ainda não terminou. Deus disse que muitas pessoas precisariam del...
Eu não sou mais estranho, eu sou filho, eu fui encontrado. 💡😍💌 - autor desconhecido.
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Muitas pessoas se abraçavam, choravam e sorriam ao mesmo tempo. Melissa estava de joelhos no chão, falando algumas palavras que eram impossíveis de ouvir. Mas estava tão concentrada naquilo.
De repente, todos fizeram o mesmo: ajoelharam-se e diziam "obrigado" repentinamente. Só queria entender o porquê. Mas sei que mesmo sem entender, achei aquilo lindo.
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♪ O Espírito de Deus está aqui Operando em nossos corações Trazendo sua vida e poder Ministrando sua graça e amor.
Os feridos de alma são curados Os cativos e oprimidos livres são Os enfermos e doentes são sarados Pois o Espírito de Deus está aqui...
Ela cantava ainda chorando, ajoelhada e os outros na mesma vibe. Ajudaram-na a cantar:
Pai eu quero contemplar Tua glória e majestade Pai eu quero Te adorar Em Espírito e em verdade Não apenas no átrio Ou no santo lugar Eu quero Te entronizar Entre os querubins.
Ó, leva-me à sala do trono Pelo novo e vivo caminho Pelo sangue de Jesus Eterno sumo sacerdote Ó, leva-me à sala do trono Pra te adorar Senhor.
(Sala do trono - Alda Célia)
🌼💌🌼
— Morgana, o que você sentiu hoje, foi algo que muitas pessoas sentem falta: A presença de Deus. Muitas pessoas se afastaram, muitas pessoas não conseguem se libertar das garras do inimigo, muitas pessoas estão descendo a sepultura antes do tempo. E nós temos essa oportunidade de adorar a Deus livremente. Não negue para mim, a vontade que você tem de adorar a Ele, não negue que lê meu livro (também não entro em seu quarto), não negue que sente algo quando Deus se faz presente no lugar, não negue a vontade de conhecê-lo. Se entregue sem medo do que as pessoas vão pensar de você. — diz pacientemente. — Você ainda tem cinquenta e três dias com Deus. E te garanto que não vai sair daqui da mesma maneira que entrou.
— Como tem tanta certeza disso? — franzi o cenho.
— O meu Deus, é o Deus do impossível. — diz convicta.
— Ata! — sorrio irônica. — Melissa, você sabe de onde eu vim? Melhor, de onde eu fui tirada? — pergunto.
— Não. E também não me interessa, do seu passado Ele não lembra mais...
— Escute: meu pai engravidou a empregada e desse relacionamento surgiu eu. Acredita que ela quis me levar para onde morava? Um lugar miserável, aonde eu poderia morrer de fome! Graças ao meu pai, tive a oportunidade de pisar na universidade, se eu estivesse morando com ela nunca que isso aconteceria. — explico. Meus olhos já estavam marejados. Odeio me mostrar fraca.
— Eu tenho certeza que sua mãe ia saber cuidar muito bem de você. E hoje, olhe pra si: uma menina mimada, cheia de vontade, cheia de orgulho! Não se importa com as pessoas que precisam de uma ajuda, de uma mão amiga. Admita que a felicidade é melhor do que o dinheiro, você passou sete dias aqui e tenho certeza que já descobriu o valor desse centro. Agradece mesmo ao seu pai? Tem orgulho de ser assim? — se retira.
— Ainda não terminei a conversa! — grito e ela para. — Assim como?
Suspira e vira-se: — Sem amigos. Me responda quantas pessoas se afastaram de você? — vira-se novamente e entra em seu carro.
Ninguém nunca teve essa coragem de me enfrentar. Ninguém nunca teve essa coragem de me dizer as verdades. Verdades que não suporto ouvir.
— Não tem sentido o que acabou de me dizer! — caminho em direção ao seu carro. — Você quer dizer o que? Que eu deveria crescer na miséria? Comer comida do lixo? Receber uma má educação? Pedir esmola nas ruas? Isso pra mim não é vida! São pessoas que não procuram um emprego, que não tem capacidade, são fracassados, podres...
— Eu não admito que fale assim! — saí do carro furiosa.
— Melissa calma! — Cíntia chega por trás dela.
— Nunca julgue alguém por estar passando por uma situação ao qual você nunca passou. Tenha respaldo para falar deles. — range os dentes.
— Como se você tivesse vindo de miséria! — cruzo os braços.
— Não. Eu não vim de lá. Mas ajudo e respeito, porque são pessoas como eu. São gente de bem! E que tem uma ótima educação. A alegria deles me inspiram, a humildade, a simplicidade, a sinceridade que o mundo inteiro deveria ter.
— Sério? — reviro os olhos.
— Não gaste sua paciência com gente tola Melissa. — diz Cíntia. — Essa daí tem que mergulhar no rio da miséria e voltar com a verdadeira razão.
— Ah, garota! — digo irritada. — Não se mete.
— Eu já vou indo. — diz Melissa, entrando no carro.
— Vá com Deus Mel. — fala.
Melissa pisa no acelerador e some com o carro. Cíntia fica me encarando com uma cara nada boa.
— Se eu não fosse serva, juro que quebraria sua cara. Pegaria esse cabelo seu ridículo (que inclusive ficaria mais bonito com mechas) e esfregava no asfalto ou melhor...deixe quieto, prefiro não falar algo pior. — esbarra em meu ombro e se retira.
Ridícula!
Me dei conta que já era quase sete horas! Corri para meu quarto desesperada e tomei um banho.
(...)
— Aleluia! — diz Erick, debochado. — Se desse sete e trinta e um, juro que te procuraria.
— Exagero. — reviro os olhos.
— Por que demorou tanto princesa? Que saudades desse seu rostinho lindo. — beija meu pescoço.
— Erick! — repreendo-o.
— Desculpas, esqueci que estávamos em público. — olha em volta. — Sente-se.
Bem que poderia puxar a cadeira.
— Esqueceu o romantismo em casa? — ergo as sombrancelhas.
— Como se você estivesse merecendo. — bebe um gole de água.
— Ótimo! Então eu vou pra casa. — levanto-me.
— Não, não, não! Morgana, deixe de imaturidade. — reclama.
— Imaturidade? Eu? — sento de volta.
— Sim, terminar pelo celular? Que falta de coragem é essa? Cadê a Morgana determinada, brava, que eu conheço? Morreu? E que história é essa de "uma nova Morgana que nunca se assumiu"? — gesticula.
— Nem quero falar sobre isso. Estou tão estressada! — falo.
