Cap. 33

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- O que está fazendo aqui, esquisitão? Porque não está fazendo suas esquisitisses? - Teddy continuou a brincar com meu cabelo.
- Nossa, levou um toco e tá de coração partido, tanto que agora tá bebendo. - Marcelo apontou, eu me encolhi, fechei meu rosto.
- Ah, Berta, Kurt era um estrupício, ele não merecia todo o seu... Charme e formosura. - Teddy disse com um riso escandaloso, minha mente começou a tremer de raiva.
- Bom, mas vamos te ajudar a curar essa dor de cotovelo... - Marcelo disse, me pegando pelos ombros, Teddy trouxe consigo uma garrafa de vodka e wiskhy, pelo que Kurt me dizia eram muito forte para alguém fraco como eu.

- Vamos, Bert, vamos. Bebendo só de um gole... - Eles empurraram o copo na minha boca, senti rasgar meu corpo por dentro, fiz umas caretas enquanto riam escandalosos. - Bom garoto. Agora um pouco de vodka... - Empurraram de novo, a vodka era pior, acabei cuspindo de volta. - N-n-não, bebe tudinho...
- Por favor... - Pedi desesperado.
- Bebe, bebe!! - Marcelo disse, quase me obrigando, eu engoli, senti meu estômago arder.
- Hey, vamos fazer ele beber tudo isso? - Teddy sussurrou no ouvido do outro, enquanto minha mente já começava a tontear.
- ... Claro!! Eu não quero ouvir a mamãe reclamar comigo, e não vou desperdiçar uma bebida boa como essa, não é Berta?
- Vão pro inferno, bando de idiotas. - Sussurrei sem pensar, eu me sentia muito mal. Teddy me olhou surpreso.
- Agora você vai tomar estas duas garrafas inteirinhas, McCracken. - Marcelo me segurou por trás me impendindo de me debater, Teddy empurrava os copos frequentemente, meu corpo esquentou. Eles se cansaram dos copos, já haviam muitos, resolveram derramar direto da garrafa, meus olhos já estavam pequenos e eu até estava rindo da situação!
- É isso aí, Bert! - Eles se divertiam comigo naquele estado, Marcelo saiu e trouxe mais uma garrafa de vodka. Eu não sabia mais de nada, nem sentia nada, talvez eu estava alto e miserável ao mesmo tempo...
- Bêbado ordinário! - Senti apenas um empurrão, Teddy finalizou nossa divertida noite. Olhei as 3 garrafas, mas chapado, vi umas 10. Me apoiei no banco depressa e coloquei tudo pra fora. Meu corpo queimava, tanto que meus olhos se desmancharam em lágrimas, com uns minutos depois acabei agarrando o sono.

Parecia um trapo, um bêbado miserável no meio da rua. Estava prestes a desmaiar a qualquer momento. Pareciam ser 7hrs, meu corpo dolorido caminhou o mais rápido que pôde pra casa. Bati desnorteado, Martín me atendeu e me segurou.
- Que horror!! - Ele riu escandalosamente. - Você precisa de água fria, vai te ajudar. - Me puxou violentamente pro box, tirou minhas roupas e ligou o registro. A água estava uma pedra de gelo, ele ficou me olhando um pouco impressionado e depois malvado. Eu não fiz nada, só escorreguei e abraçei meu tórax, fechei meus olhos. Até quando vou suportar a tortura contínua? Depois de alguns minutos, Martín me tirou do box, me enrolou numa toalha. Saí tremendo do banheiro, meus beiços estavam quase brancos.
- E-eu estou com frio, Martín... - Sussurrei rouco extremamente baixo.
- O que eu tenho a ver com isso? Seu idiota. - Ele disse me abandonando de vez no quarto. O ar condicionado estava ligado à 18°, parecia até de propósito. Estava fraco demais pra fazer alguma coisa, consegui alcançar a cama, ainda estava muito tonto e enjoado, me joguei e dormi até meu coração resolver parar de bater.

ninguém quer dançar com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora