- Aqueles manés vão pagar por isso. - Kurt me tirou dali, estávamos dentro do carro. Juro, confessar tudo pra Kurt me livrou de um peso enorme. - Além de te machucarem, fazem você mesmo se machucar? - Assenti penoso, eu não tinha a melhor família, a última coisa que fazem é cuidar de mim... - Tem que prometer que nunca mais vai fazer isso, Bert. - Disse, pegando minha mão. Minha bochecha pegou fogo. - Promete? Eu vou cuidar de você, Bert. Não vou deixar ninguém te machucar. - Se aproximou sussurrando em meu ouvido, arrepiei ao máximo. Involuntáriamente o abraçei, correspondido.
- E-e quanto a você? - Eu disse, ele suspirou.
- Não prometo nada... - Olhou pro chão do carro.
- Kurt, eu nunca vou te deixar sozinho, vou seguir você por onde você for.
- Tem certeza do que está dizendo? - Ele perguntou, pareceu bastante incompreensível.
- Você é o único amigo que eu tenho, o melhor que alguém poderia ter, Kurt. Você é importante pra mim, e-eu não...
- E-eu não? - Interrogou, seus olhos secaram com essa declaração. Só queria fazer com que Kurt não se sentisse sozinho. Ele tinha a mim.
- Eu não seria nada sem você. - Foquei o parabrisa do carro, ele deitou em meu ombro.
- Bert... - Ele me chamou doce. - Obrigado. - Aquele momento foi lindo, mas nenhum de nós prometemos nada. Senti seus cabelos arrepiarem meu pescoço, percebi que tinhamos dormido levemente.O sol esquentou nossos rostos, Kurt se afastou com um pouco de vergonha. Despertei quando o senti seu peso se dissipar de mim. Droga, queria que aquilo nunca acabasse. Ele esfregou os olhos com paciência, o dei um beijo na bochecha me agarrando em seu braço. Eu tive liberdade pra isso?! - Ele fez uma careta de surpresa.
- Vou te levar pra casa, Bert. - Ele disse dando um arranque.
- O-obrigado pela roupa. - Ele deu um riso mínimo. - E pela noite.
- Ahh e aí, como foi com a Georgia?! - Vibrou.
- Ahhn foi ótimo, K-kurt. - Me afastei, levando meu olhar pra fora.
- Hmn aposto que agora seu leão tá solto, não é mesmo? - Ele disse rindo.
- Tá, tá sim, agora eu vou pegar geral. - Menti tão empolgado quanto ele, parou pensando um pouco.
- Você pegou ela mesmo? - Sussurrou.
- Sim, eu peguei. - Disse confiante...
- Que ótimo. - Ele disse, um pouco sério.
- Qual é a das serpentes? - Eu perguntei depois de um breve silêncio.
- Ahh, as s-serpentes? - Ele voltou o olhar pra mim. - Eu adoro. São encantadoras, lindas, poderosas.
- Venenosas... - Completei.
- Mortíferas. - Riu malvado. Me assustei com aquilo, mas tudo que fiz foi rir, até que me veio a estupenda ideia!!
- Vamos falar sobre serpentes?!!
- No que? - Ele perguntou incompreendido.
- No trabalho de biologia, isso é ótimo, Kurt. - Eu disse animado.
- O que aconteceu com os animais marinhos?
- Ah, eles são muito chatos. - Gesticulei, ele riu perfeito. - Você deve saber muito sobre eles, certo?
- Sei sim, vou adorar falar sobre minhas filhas. - Ele disse pegando em minha mão sem querer. Eu me apertei naquele toque. - Desculpa, está tudo bem? - Cruzei minhas pernas de novo, minhas bochechas estavam quentes.
- Não, nada. - Eu disse no mínimo envergonhado, minha cabeça girava horrores por causa disso, toda vez que eu me empolgava demais com Kurt e eu simplesmente não conseguia entender porque.
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ninguém quer dançar com você
FanfictionBert McCracken era o garoto isolado da turma, odiado e esquecido por todos. Tudo que ele queria era alguém que lhe entendesse, lhe escutasse e lhe fizesse esquecer de todos os seus problemas. Pensava que iria permancer sozinho, até que Kurt Cobain s...