Cap. 10

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- Quer comer? - Ele perguntou fofamente.
- Adoraria, mas a fila está enorme... - Eu respondi aflito.
- Bobo! Eu deixo você furar! - Disse rindo, me senti um estúpido. Senti suas mãos em meu quadril, me posicionei na frente dele. Minha bochechas ficaram cada vez mais quentes.
- E se alguém reclamar?
- Foda-se... - Disse numa calma... Senti suas mãos se afastarem, finalmente, de mim. - Não se preocupa.
- Eu não estou preocupado. - Disse com certeza de que Kurt me protegeria contra qualquer coisa, lhe dei um sorriso de canto, ele devolveu amigávelmente. Pegamos nossos sanduíches com uma enorme espera depois, mas estar com ele nunca era tedioso. Fomos pra um banco do pátio e passamos a conversar coisas aleatórias... Meu coração tentava infartar de tão rápido que batia, ao sentir seu toque no meu cabelo ou naqueles momentos em que meu olhar penetrava o dele em um súbito silêncio... De repente, passei a ver Kurt de um jeito diferente.

A sirene tocou nos assustando, era o início do início, eram 7:30hrs. Os alunos refinados, as garotas chiques, começaram a invadir nosso sussego. Marcelo e Teddy já olharam para nós com um olhar estranho e amendontrador. Kurt já rosnou umas três vezes, me dava tanto medo... Segurei sua mão antes de qualquer coisa.
- Vamos pra sala, amigo? - Eu disse delicado.
- Vamos! - Abriu um sorrisão, me abraçando de lado. Ainda conversamos sobre algumas coisas idiotas, Kurt me fazia esquecer de qualquer problema que eu ouso ter. Sua risada era fofa e confortante, vez ou outra eu estava o fazendo rir. Me sentia sortudo e agraciado, Kurt é o melhor amigo que alguém poderia ter.
- Hmn... Alicia? - Ele disse, percebendo que eu não tirava o olhar da garota. - É afim dela?
- Quê... Não, nunca. - Eu respondi confuso, colocando o livro na minha cara.
- É sim, você fica secando ela direto!! - Ele me empurrou brevemente, arquejei rindo mínimo. - Porque não vai falar com ela?
- Hah, não... Não, não sou bom nisso. - Eu disse sincero.
- Mentira, como foi que pegou meninas? - Ele disse arqueando uma sobrancelha. - É claro que é bom.
- Não peguei menina nenhuma... Kurt. - Eu disse focando o chão e o profundo dele.
- Não estou acreditando... Bert, você é virgem?! - Sussurrou impressionado, eu agi envergonhado. De quem estamos falando? Ah, do esquisitão que tem medo de pessoas, claro que sou virgem. - Porque?! Qual problema você tem... É a melhor coisa do mundo. - Fiquei sem resposta para isso, paramos de conversar porque o professor dominou a aula, não prestávamos um pingo de atenção, mas tinhamos disciplina e respeito... Pela Juju. Espero poder vê-la nos hospitas da vida, o máximo que posso fazer é não atrapalhar seus estudos.

- Lembram do trabalho que passei a uns dias? Muito bem, quero que se apresentem como um seminário. - O professor alterou nossas ordens. - A dupla tem que saber muito do assunto que estão falando, por tanto, é necessário trabalhar junto. - Olhei pra Kurt desesperado. Senti um enjoo vindo... Ok, a gente já estava muito amigo, mas eu não tinha feito nada da droga do trabalho!! Saí correndo esbarrando no professor, tropecei nos meus próprios pés e desmaiei no meio do caminho.

ninguém quer dançar com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora