Cap. 42

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Últimas Semanas

- Você estava certo mais uma vez, Kurt. - Entrei batendo a porta do quarto, ele tomou um breve susto. Se desesperou ao ver meu rosto perdido em lágrimas.
- O que aconteceu, Bert... - Veio rápido me amparar, segurou meus braços me levando pra cama. Meu coração estava mais do que partido, estava torturado, estraçalhado.
- Ela não vai pro baile comigo, ela vai com o Teddy, ela só queria que eu saisse do seu pé! - Fiz com que me abraçasse, soluçei em seu ouvido.
- Ah Bert... Eu não acredito que ela fez isso com você... Sinto muito, você gostava tanto dela... - Disse compreensível.
- Ela disse que ninguém nunca vai querer dançar comigo, Kurt, que ela não ia poder ganhar como rainha do baile se eu fosse seu par...
- Ela não pode ter dito isso.
- Ela disse, Kurt! Eu ouvi elas conversarem no banheiro, ela me chamou de retardado!
- Por favor, você não é retardado, Bert.
- Eu sou, sou tanto que posso queimar a imagem delas no baile, eu e você. Eu sou um esquisito, Kurt, ninguém gosta de mim, eu sou um perdedor. - Olhei o profundo da alma dele, eu parecia morrer a cada instante. Soluçei bastante me debatendo em seu colo.
- Bert! Bert! Hey!! ... Nunca deixe ninguém te fazer pensar, que é menos do que você é. - Segurou meu queixo, eu adentrei o profundo dos seus olhos, como se necessitasse disso.

Nossos lábios colidiram, meu coração estava acelerando cada vez mais, nossas línguas dançavam em um ritmo calmo e ao mesmo tempo frenético, lentamente nossos corpos se encaixaram perfeitamente, deitando na cama. Depois de alguns segundos, sua doce boca mordeu meu pescoço, senti seus dedos tirarem meu casaco lentamente, queria ter Kurt pra mim ou morreria bem ali... Fiquei sentado em cima dele, tirei minha camisa logo, ele ficou me admirando, com um riso encantador. O ajudei a tirar a sua também, não que eu já não saiba, mas Kurt parecia mais que perfeito... Não ficamos muito tempo distantes, sua língua invadiu minha boca, me apertei na jeans, nos erguemos, ele beijou todo o meu tórax me deixando cada vez mais louco. Me agarrei em seu cabelo, demos um jeito de tirar a calça e a última peça, sempre nos entregando entre beijos e toques acelerados.
- Bert... - Ele sussurrou, estava com medo de me machucar, eu tinha levado uma vassourada e ainda era virgem... Abraçei seu corpo como se fosse um urso de pelúcia. - E-eu não quero te machucar.
- Eu quero você. - Eu disse olhando em seus olhos, ele deu um riso fofo, segurando meu quadril me impulsionou em seu membro. Deslizou suavemente para dentro, soltei um gemido de dor com prazer. Me abraçou enquanto se movimentava lentamente. Na minha mente se passava todas as memórias boas que Kurt havia me dado, uma boa vida, tudo que eu ousei sentir por ele... Ouvi ele respirar entrecortado em meu ouvido, gemi abafado pelo seu cabelo, puxei seu rosto para nos beijarmos outra vez. Ajudava a me mover, ele era calmo, não era bruto e nem violento como eu via nos pornôs, ele tinha um toque suave e eu estava pirando nisso. Aos poucos, acabamos trocando de posição, eu embaixo, ele encima... Daquele mesmo jeito que eu imaginei. Enlaçei sua cintura com as pernas, assim era bem mais fácil de ele me estocar. Foi mais fundo e mais rápido, acariciando meu cabelo, eu não conseguia pensar em nada, só no quanto Kurt era fofo quando me penetrava de olhos fechados.
- Você é muito lindo... - Ele sussurrou entre meus gemidos, nossas mãos se entrelaçaram, alcaçamos um o olhar do outro, naquele momento eu sabia que valia a pena estar apaixonado pelo Kurt. Seu dedo frio deslizou pelo meu abdômen até meu membro, depois de mais algumas estocadas dolorosas, no entanto enlouquecedoras. Ele se impressionou, como todos fariam, eu lembrei do que aconteceu, todos eles rindo de mim... - Não sinta vergonha do seu corpo, Bert... Você é perfeito. - Me alcançou com beijos, estava perto de terminar, gemi alto, ele riu quando encontrou algo concreto em mim, talvez um ponto x especial. Eu queria algo mais, meu membro estava pulsando, já estava delirando de prazer, mordi meus lábios, nosso suor estava se misturando. Eu gemia constantemente, aquela música do The Used estava tocando. - Quer que eu te masturbe? - Ele perguntou, entre um suspiro e outro.
- ... Por favor... - Pedi um pouco sem graça, fiquei observando o jeito fofo de me dominar. Meu membro estava muito duro, como eu ficava ao bater pra ele. Começou a me tocar frenético, ao mesmo tempo era suave, como se eu estivesse sendo acariciado por um deus. Foi difícil conter meus batimentos cardícos, os meus suspiros e gemidos, ele riu perfeito concentrado no meu corpo. Agarrei o edredom com força, apertei meus olhos sentindo a satisfação em ondas. Ele me preencheu com um tempo depois, gemeu entrecortado, mais alguns minutos e eu cheguei lá também. Suspiramos ao mesmo tempo, meu de um último beijo antes de sair de mim, se jogou ao meu lado, assim encaramos um o olhar perfeito e satisfeito do outro. Meu coração parecia querer sair de mim também... Assim agarramos um prazeroso sono.

ninguém quer dançar com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora