Cap. 39

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- Você não parece muito bem... Sobe. - Ele apontou as costas, me constrangi, minhas bochechas aumentaram de grau.
- Eu consigo, K-kurt...
- Sobe, Bert. - Disse se enclinando, nós dois rimos, ele me levou nas costas até a sala, chamamos muito a atenção dos alunos, rimos muito ao chegar. Me jogou na cadeira e se certificou que eu estava bem, Alicia e os três patetas estavam olhando fixadamente para nós.
- Eu vou pegar nossos livros de matemática. - Ele disse, revirando os olhos.
- Sabe a senha do meu armário?
- Claro, gato! - Apontou fazendo um charme, eu ri. Era tão bom tê-lo de volta...
- Eu devia imaginar porque você está tão feliz, bichinha. - Marcelo se manifestou. - Kurt não tinha te dado um toco?
- Isso não interessa a você...
- Ora, seu... - Ameaçou levantar o punho, assim que viu Kurt se afastou. As pessoas deveriam ter medo dele, e até que tinham.
- Tá aqui o seu... - Ele me deu, fiquei os encarando, eu tinha um maravilhoso escudo, ele se chamava Kurt Cobain. Virei minha atenção toda ao loiro, passamos a conversar coisas aleatórias e divertidas, daquele jeito que só nós entendíamos. Passamos a estudar juntos para biologia, afinal, nós dois estávamos de recuperação. Também retornamos ao nosso amável lugar no refeitório, e em todos os momentos, ps três patetas estavam olhando para nós.

- Então, eles estão cagando de medo... Eu tenho o poder agora. - Eu disse rindo contido, mas escandaloso.
- Qual deles vai querer matar primeiro?
- Martín... Eu quero muito ver meu primo no inferno... - Tremi, lembrar da vassourada sempre me fazia pensar coisas bizarras. - Ele vai se arrepender por isso.
- Ahh e ainda assim, você ama a Alicia? - Dei de ombros a fitando. - Bom... Acho que o sonho de toda garota é ser a rainha do baile, então vamos matar o namorado dela só depois?
- ... Depois? Um dia eu ouvi eles conversando, Teddy só quer comê-la, depois a descartará como um objeto. - Comi meu hambúrguer de sempre.
- Meu Deus, que cretino... - Kurt se impressionou. - Precisamos mesmo dar um fim neles, o mundo já está cheio de babacas.
- Dessa vez, você falou bonito!
- Suas bochechas já estão normais. - As acariciou.
- Não posso dizer a mesma coisa da minha bunda. - Eu disse olhando pra trás, Kurt riu desesperado. - Vai ser algo que eu nunca vou esquecer... E nunca vou perdoar.
- Hm já pensou em falar pra ela? Avisar que o namorado dela é um cretino? Sabe, eu não tô nem aí, mas nenhuma garota merece essa humilhação. E aí quem sabe, você chama ela pro baile... - Fiquei a pensar, estava debochando na última frase, mas eu considerei a ideia.

Enquanto ele foi ficar com a sua turma, fui atrás dela, estava se maquiando na porta do banheiro. Dei uma vista geral, sem agressores por perto, então me aproximei.
- A-alicia. - Chamei tímido, ela me olhou com um pouco de desprezo. - Posso falar com você?
- Aii tá bem, esquisto, o que você quer? - Saltou impaciente, ela era tão linda, parecia uma top model na minha frente. Juju e as outras garotas ao seu redor começaram a rir muito. - Alô, não tenho tempo, o que você quer?
- V-você é bonita. - Pus meu olhar no chão envergonhado, meu coração batia acelerado.
- Meu querido, eu já sei, agora me deixa em paz, tá?
- Você quer ir pro baile... C-comigo? - Falei rápido em seu ouvido assim que se vira, ela suspirou.
- Tá legal. - Ela disse, eu fiquei incrédulo. Me afastei bastante contente!! Nem me importei com meu traseiro dolorido, saí pulando de alegria!!

ninguém quer dançar com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora