Faith se agarrou a mim e escondeu o rosto em meu peito, a vergonha fazendo com que suas bochechas corassem. Seus lábios se apertavam em uma linha fina, tentando a todo custo fazer com que as palavras que queriam sair ficassem bem escondidas, onde seu pequeno segredo estaria seguro. Eu suspeitava que esse segredo fosse aquela frase de três palavras e sete letras, o que me fazia perguntar se ela também suspeitava do meu.
Eu com certeza era o cara mais burro de toda a face da terra, nunca deveria ter deixado chegar a esse ponto. Eu não podia afirmar que não compartilhava do seu segredo, mas tinha o conhecimento de que não me era permitido. Entretanto, não consegui me conter o suficiente para não imaginar o que aconteceria se as coisas fossem diferentes. Meus braços instantaneamente a apertaram contra mim, e isso fez com que Faith levantasse a cabeça, me olhando com um sorriso tímido. Ela suportaria se descobrisse a verdade? Seus olhos ainda brilhariam sem que ela percebesse quando olhasse para mim?
A resposta era óbvia, o que não me deixava desfrutar nem um pouco de esperança. Seja lá o que eu estivesse sentindo por essa garota, fez com que a possibilidade desse nosso pequeno mundo se desfazer em pedaços me desse a sensação de um soco certeiro no estômago.
Seus olhos ficaram confusos a medida que ela analisava minha expressão.
— O que foi? — sua voz terna estava sussurrada, como se altura dela pudesse estragar o momento.
Faith, eu sou um assassino.
As palavras gritavam em minha mente, mas se ela soubesse o verdadeiro motivo do nosso primeiro encontro, nunca mais desejaria escutar meu nome.
Neguei com a cabeça e abri um sorriso.
E se eu me importasse de verdade com ela? Não seria mais apropriado que se afastasse de mim?
Essa era a primeira vez em anos que eu não tinha certeza de nada.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Colaboração de VampiraRebeldee
Faith Evans as Ashley Moore
VOCÊ ESTÁ LENDO
One Life
FanfictionAparentemente, não havia nada de extraordinário na história dos dois. Eram duas pessoas normais, favorecidas pelo capitalismo, e embora não parecesse, ambos tinham muito em comum. O fato de terem o que quisessem era um deles, mas também aquele senti...