18 Dia difícil

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No sábado de manhã, me sentei cruzando as pernas em frente ao portão. Pouco tempo depois o careca parou o Fusion na minha frente, e desceu.

- Bom dia, Elise. – Sorriu, não por simpatia, mas por deboche.

- Bom dia. – Sorri também.

- Espero que não tenha ficado chateada comigo...

- Imagina, claro que não, Ivan... Quando eu quebrei o nariz do Tales, eu sabia que você ia me expulsar na minha equipe. Eu já esperava por isso. – Sorri pra ele.

- Que bom, sem ressentimentos, então, né?

- Claro... Fica em paz. – O tranquilizei.

Fiquei de pé, e dei um beijo no rosto do meu pai. – Boa sorte para vocês. – Sorri animada. Mal podia esperar a hora de encontrar ele lá.

Meu pai me abraçou também – Obrigado, filha. Até mais.

Acenei, os dois entraram no carro e partiram. Voltei para dentro, peguei meu celular e minha mochila, uns dez minutos depois, Léo parou o Galak em frente á minha casa.

Entrei dando um beijo demorado nele.

- E ai? Tudo certo? – falou com aquele sorriso de derreter a gente por dentro. Assenti. – Hora de irritar o careca então. – Ele se animou.

Eu ri, animada também.

- Reservei um quarto para gente. – disse me dando mais um beijo.

Fiz que sim com a cabeça sem olhar para ele  – Você tá preparado, né? – perguntei antes de ele sair da frente da minha casa. – Você sabe que é uma corrida amistosa... Você não pode bater em ninguém. – Adverti.

Ele revirou os olhos. – Eu sei. É só eles serem amistosos com a gente...

- Léo... – tentei ficar séria – Se alguém irritar a gente, deixa que eu resolvo, tá? Você não pode sair da corrida.

Ele riu - Minha protetora... - riu, e arrancou com o Galak.

****

Léo corria tanto, que chegamos quase juntos com o careca. Ele estava descendo do carro, e acenou animado para o Léo. E não era a toa, ele sempre foi o piloto numero um da equipe, e o careca, não peitava ele.

Léo desceu do Galak, e foi cumprimentá-lo, quase não conseguindo disfarçar a cara de raiva. Desci do outro lado, e corri para abraçar as costas do Léo. A cara do careca desmanchou, e quase tive uma crise de riso.

- Oi de novo. – Dei um tchauzinho para ele.

- Estranhei você estar tão calma mesmo. – Ele sorriu também, mas visivelmente irritado. – Só não encoste nos carros!

Ergui a sobrancelha para ele. – Como quiser, senhor dono da equipe. – respondi, e Léo riu  me dando um beijo no cabelo.

- Você é muito abusada mesmo, né garota?– Ele voltou, perdendo a paciência.

- Ei, ei, baixa a bolinha ai tio... – Léo o interrompeu. – Você não tá falando com funcionário seu não. Tá falando com a minha mulher. E é melhor você começar a respeita-la.

Eu ri olhando para a cara dele.

- Tudo bem, Leonardo. - falou mansinho - Mantenha-a sob controle então. – Deu de ombros pra gente, e se afastou.

Me virei para ele. – Nossa, até eu fiquei com medo... – brinquei.

Ele me beijou. – Faz tanto tempo que eu quero colocar esse idiota no lugar dele...

Elise (Repostando)Onde histórias criam vida. Descubra agora