Elise (Repostando)

52 Casamento

Depois de tudo, e da data já marcada, não dava mais para ignorar aquilo, ele já até havia começado a reforma da casa, que era sutil, o maior propósito era transformar os quartos em uma sala de jogos, e um em uma quase biblioteca. Na semana depois do aniversário dele, fomos a Morretes, e aproveitamos para distribuir os convites lá. Já que era período de férias.

Fiquei em segundo na minha corrida favorita, e o Léo ganhou a categoria dele. Como sempre... Ele merecia uma estrelinha. Foi muito bom. E aí depois de correr lá, finalmente tínhamos tempo para pensar mais no casamento. Léo não queria um casamento tradicional, e eu menos ainda, na verdade eu não queria casamento nenhum, eu ainda achava aquilo um total desperdício, mas não dava mais para brigar por isso.

Os padrinhos também, foi outra briga, ele já tinha convidado Fábio, mas eu também queria ele. Era um problema, e ele acabou ganhando. Do lado dele ficaram Ivan com a esposa, Fábio com "qualquer uma" (ele escreveu isso mesmo no convite), Regi com a nova namorada, o Zé, amigo dele com a esposa. E ele fez de tudo para trazer o Vini, que estava namorando também. Do meu lado, depois de muito penar, consegui Mandy com o Felipe, Nildo com a esposa, Lucas e a fulana(escrevi assim no convite só pra irritar ele), Carlão e a esposa, e o Blade, com quem ele quisesse.

Eu fiz questão de ir até a casa da Mandy entregar o convite dela. O Felipe mal olhou na minha cara. E eu duvidava que ele quisesse ir... Mas aí, seria uma briga dela...

Como sempre, conversar com ela, me fazia muito bem. De alguma forma, ela conseguia tirar meus pés do chão. Eu sempre fui muito pessimista. E ela era a animação em pessoa. Tudo para ela era empolgante. E ela conseguia me passar um pouquinho disso. Eu até pensei em chamá-la para ficar comigo no dia, para me animar, mas seria muito abuso.

Mandamos os convites, Léo convidou todos os parentes que eu já conhecia, e mais alguns, eu chamei alguns primos, algumas tias que minha tia me obrigou, e eu implorei para que ninguém deixasse aquela notícia chegar na Camila. Eu não queria ela lá, de jeito nenhum. Do mesmo jeito, Léo evitou o Tales. No total chegamos em 150 pessoas, até que pouco pensando em tanta gente que nós conhecíamos...

Mas mais da metade das pessoas que o Léo conhecia, era de senhoritas bundas de fora, as quais ele já havia pegado, e que estavam fora da lista. E da minha parte eu tinha muitos conhecidos, que até tinham algum contato, mas que não gostavam de mim, então também estavam fora.

Eu só fiz uma exigência, a de que fosse em Limeira. Por que eu já ia morar em Campinas com ele, então eu queria pelo menos casar ali, né?

Ele concordou, e daí por diante eu não fiquei sabendo de mais nada, exceto é claro o vestido. Ele combinou com a minha tia como seria a nossa festa, e ela ficou incumbida de arrumar um vestido que combinasse com a cerimônia, e ela cuidou de tudo, claramente não era o vestido que ela sonhou me ver usar, mas eu adorei.

Fiz duas provas dele, ele era acima do joelho, com saia godê, com a parte de trás mais comprida, uma faixa preta na cintura, e manguinhas curtas de renda branca, parecia um vestido de boneca. Pelo menos no manequim, em mim eu não fazia ideia de como ficaria.

Acho que a única coisa que decidimos juntos foi a lua de mel, na verdade ele me deixou escolher. Eu queria fugir da ideia de praia, todo mundo ia para a praia, eu queria um lugar quietinho, de preferência que fosse frio. O que ia ser tarefa difícil, em pleno fevereiro. Mesmo assim, achei bem interessante, eu vi muitas recomendações sobre Gramado. O Léo também gostou da ideia, e ele quis escolher o hotel. Eu nem discuti, eu sabia que ia me irritar com o preço, então também deixei essa parte para ele.

Passamos o Natal na casa da mãe dele, era mesmo o tipo de festa cheia de frescuras que ele reclamava, mas nós tínhamos que ir, pelo menos no primeiro ano juntos.