15 Festa Fake

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Acordei no sábado de manhã com barulhos na garagem ao lado da minha janela. Me levantei, e encontrei Lestat suspenso.

- O que tá fazendo, pai? – perguntei me aproximando dele.

- Um certo alguém me deu uma tarefa... – Ele riu. – Tô instalando seu presente.

Esfreguei os olhos tentando acordar direito – Ele te pediu? – Eu ri.

- Ele disse que sacudiu seu carro na chácara, e que ele estava "irritantemente instável". Mal sabe ele, né? – Meu pai tirou sarro, ele sabia que Lestat não era só instável, ele era praticamente uma armadilha com rodas, mas ainda assim, era meu amor.

- Pois é, arrumei mais um chato para ficar me vigiando. – brinquei.

- Chato, né? Se com a gente te enchendo o saco você já faz merda, imagine por sua própria conta... Já estaria morta! – resmungou ele.

Revirei os olhos - Também te amo, pai. – Sorri e o abracei.

Voltei para o meu quarto, liguei meu celular, que começou a apitar enlouquecidamente, umas vinte mensagens no whatsapp, sei lá quantas notificações no facebook, e umas treze chamadas perdidas da Mandy.

Ah não. Eu tinha mesmo que lidar com isso agora?

No facebook, limpei as mensagens sem ver, no whatsapp, olhei e não tinha ninguém tão importante assim. Mas ela... Ela eu tinha que atender, ou ela ia aparecer na minha casa, e enfrentar a fúria dela, não ia ser fácil.

Fui para o PC, e a chamei no skype, na terceira tentativa ela atendeu.

- Que historia é essa, Elise? – já começou me dando bronca, e eu ri – Como assim você tá namorando, e eu fico sabendo pelo facebook?

- Mandy, eu postei no face, então você ficou sabendo por mim de qualquer jeito.

- Não acredito que você tá falando isso, Elise! Eu tinha que ser a primeira a saber... – Fez beicinho – Que droga!

- Não fica chateada comigo, Mandy, acredite, eu fui obrigada a postar no face. – expliquei.

- Você vai ter que me contar tudo isso, e com detalhes! Tá ouvindo?

- Tô. Larga a mão de ser mandona!

- Me fala, como você pegou um bofe desses? O cara é um deus grego!

Revirei os olhos para ela – Mandy, menos tá?

O ego do Léo já era inflado demais para todo mundo ficar falando isso...

Ela cerrou os olhos para mim - Eu sabia que esse discurso de amizade de vocês, estava estranho mesmo...

- Não estava não, Mandy, eu conheço ele há seis anos,  sou mesmo amiga dele. Eu nunca nem imaginei algo assim. – Me irritei - Você sabe... Para de ser fingida! – brinquei. Ela sabia mesmo, eu contava para ela na escola sobre ele e suas babaquices.

- Tá bom. – Ela olhou para trás. – Ai que droga, vou ter que ir lá trabalhar. Mas você vai me explicar tudo isso hein? Quem sabe a gente não faz um programinha de casais...

Revirei os olhos outra vez. – Tá, a gente vê isso depois.

- Tchau, Elise.

Acenei para ela, e ela desligou.

Fiquei imaginando em que mundo o Léo se sentaria em uma mesa com a Mandy (que ele quase comeu com os olhos) e o namorado intragável dela. Do jeito que o Felipe era, Léo ia torrar a paciência dele rapidinho, e teríamos sorte de não acabar a noite perdendo a amizade.

Elise (Repostando)Onde histórias criam vida. Descubra agora