Elise (Repostando)

3 De volta ao lar

   No sábado de manhã as planilhas foram entregues duas horas antes do início, corri até o Fábio, o informei sobre o alinhamento do Du, e dei uma estudada na planilha, o primeiro trecho de parada era a uns cinquenta minutos, e eu iria estar lá quando eles chegassem. Marquei com marcador de texto rosa todas as curvas muito fechadas, e debati alguns ajustes com Fábio. Era o que eu podia fazer para dar uma ajuda e tentar deixar o Du mais seguro com o Afonso.

Conferi com, Regi e Blade as informações, e também queria fazer algumas ressalvas na planilha deles de acordo com o acerto do Hobbit. Depois de vir de quatro rallys de velocidade, eles teriam que controlar o pé. Não é que as provas fossem lentas, mas eram técnicas, e tinham tempo marcado, os pontos eram dados, ou melhor tirados por tempo de atraso, ou tempo de adianto, e geralmente, a perda dos pontos por adianto eram maiores que as de atraso.

Para o Léo, junto com o Vini, arrumei a planilha somando o tempo que ele certamente passaria, baixei a orientação de velocidade, nos trechos mais rápidos, porque o Léo, nunca andava na velocidade indicada, e sempre acabava tomando punição, ou perdendo muitos pontos. Era um cabeçudo.

Bom, feitos todos os adendos, deixei-os estudando as planilhas e fui com meu pai para o carro de apoio para chegarmos até o lugar de parada.

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No domingo a noite, comemoramos feito doidos o 1°, 3° e 5° lugares no sábado, e o 2° lugar do Léo no domingo. Finalmente conseguimos um pouco de verba, e ainda sondei um patrocinador bem promissor. Tinha sido nosso melhor fim de semana em meses. E depois de tanta festa, decidimos passar mais uma noite por lá, já que a festa acabou bem tarde.

Quando cheguei ao hotel estava morta de cansaço e decidi ir para o quarto, os meninos continuaram na rua comemorando.

Eu estava orgulhosa de mim mesma, conseguir fazer o Léo chegar em 5° no sábado foi uma proeza e tanto, já que nessas provas, quando ele chegava em penúltimo, já era uma vitória. Apesar do cansaço não conseguia pregar os olhos por causa do barulho. O quarto do Léo era ao lado do meu, e para ser sincera, eu não conseguia saber de onde ele tirava tanta energia até as duas manhã. Pelo barulho acho que tinha umas três garotas com ele, dando gritinhos ardidos e risos escandalosos. O jeito foi voltar para minha playlist da Disney, ouvindo as músicas do Lemonade Mouth, e minha favorita She's So Gone, até dormir.

Ele era um babaca mesmo. Mas tinha motivo para isso, as garotas caíam de quatro por ele (às vezes literalmente). Sei lá, eu não o via desse jeito. Ele era bonito, não dava para negar, mas ele era tão babaca que não me atraía nenhum pouco. Acho que pelo fato de sermos tão próximos e ele me tratar como um irmão caçula... Sem chance!

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Na segunda de manhã, arrumei minha mochila, tomei um banho, vesti minha bermuda super larga que era do meu tio, e a camiseta com as mangas e a barra cortadas do Supernatural, com o Sam em tamanho super sexy na frente.

Saí do quarto, tranquei a porta, comecei a descer as escadas até o hall, e cruzei com Tales antes de chegar lá.

- Bom dia. – O cumprimentei.

- Bom dia. Você já está indo? – Ele falou com um largo sorriso. E isso já me deixou confusa.

- Não sei, tô de carona com o Ivan. – respondi de má vontade.

- Hum... Mas você vai tomar café da manhã primeiro, né? – Ele se aproximou, ainda sorrindo.

Fiquei me perguntando se a água daquela cidade estava batizada para ele estar sendo tão... Legal? Isso não era dele, definitivamente esse cara não era o Tales.

- Vou, meu pai deve estar lá com o Du também. – respondi tentando não fazer careta para ele.

- Ah, então vamos lá, tô morrendo de fome. – Ele se virou para me acompanhar pelo saguão até o restaurante. – Bom trabalho sábado, nunca vi o Léo ir tão bem. E seu irmão é muito bom. – disse, tentando de todas as maneira puxar assunto enquanto andávamos.