34 - Os contos de um garoto-cachorro determinado: a evolução do Modo Ataque!

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De repente, o monitor cardíaco disparou. Sophia saltou da cadeira enquanto Diogo se contorcia para todos os lados, como se estivesse tendo um pesadelo. Olhou para a máquina ao lado da cama e empalideceu: os batimentos do garoto passavam de quatrocentas batidas por minuto!

Fez o que veio à cabeça – correu até o corredor e chamou pelos enfermeiros, completamente desesperada. O Dr. Sanchez surgiu no corredor e correu até ela, acompanhado por algumas moças preocupadas, e quando voltaram ao quarto, onde Diogo continuava se contorcendo e, agora, gritando, sentiram como se estivessem dentro de uma fornalha de fogo.


- L-Léo – Natsuno gaguejou, cuspindo sangue em seguida. – Fuja. Leve o Joe. Ele... ele vai nos matar.

Léo não soube o que dizer. Sabia que se tentassem fugir, dificilmente conseguiriam, considerando que Bill possuía uma supervelocidade. E além do mais, não só Natsuno estava caído e imóvel, como Joe também, este inconsciente após o gancho de Gilberto minutos atrás. Definitivamente, estavam numa situação terrível.

O que lhe restava era tentar derrotar Gilberto, e para isso precisava encontrar o seu ponto fraco. Porque não seria possível alguém ser invencível dessa forma.

Se Diogo, Jake, Riku e Guga estivessem por perto, as coisas poderiam ser mais fáceis. Até mesmo Michael fazia falta nessas horas.

- Já está com medo, cadelinha? – Gilberto ainda tinha seus olhos fixados em Leonardo. – Faça o que o seu amigo está dizendo. Ou melhor, tente.

- Não vou deixá-los para trás – Léo foi firme e direto. – Eles são meus amigos, eu já te disse isso!

- Você e essa coisa de "amigos" – Gilberto deu de ombros. – Ok, faça o que quiser. Vai morrer da mesma forma.

E surpreendeu-se quando foi atingido por um chute. Quando se deu conta, Léo estava com o pé em sua costela, no entanto batera inutilmente contra o metal. Gilberto desferiu um soco e Léo pulou para o lado, contra-atacando com suas patas, muito rápido. Atingiu o metal e esquivou de uma joelhada e de um chute, atacando, agora, atrás do místico:

- Patas do cachorro!

Simultaneamente, com os dois punhos cerrados, acertou em cheio as costas de Gilberto com toda a sua força, atingindo novamente o metal, porém fazendo com que o cowboy cambaleasse para frente.

Gilberto virou-se com um chute e Léo deu um mortal para trás, apoiando as mãos no chão e aterrissando em pé. E notou um Gilberto furioso.

- Seu desgraçado!

Bill, que estava distante da luta, também parecia surpreso.

- Aquele pirralho – disse, de olhos em Léo, que rosnava feito um cachorro. – Conseguiu fazer o Gilberto cambalear. Mas como?

- Boa, Léo – sibilou Natsuno, que ainda estava caído no chão, sem conseguir se levantar. Disse baixo o bastante para ninguém conseguir ouvir, portanto gritou: - Boa, Léo!

Aquilo fez sua coluna doer.

Leonardo tentou sorrir, mas não conseguiu. Sabia que o que fez ainda não era nada. Embora conseguisse fazer com que Gilberto se movesse, o cowboy sequer foi arranhado. Suas costas tornaram-se metal no último segundo, como sempre.

- Eu não entendo vocês, de verdade – ele disse, ajeitando o chapéu branco. – Vocês místicos, eu quero dizer. Lutando ao lado de meros caçadores. Qual o propósito disso? Não há propósito.

Caçador Herdeiro (4) - Luz Envolvente | COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora