ㅡ Eu estava pensando em arrumar um emprego ㅡ Eu disse distraidamente, estava sentada com as meninas no refeitório do colégio, as primeiras aulas tinham terminado.Na verdade, eu não estava bem pensando em arrumar um emprego, mas agora que essa ideia me veio a mente parece ate legal, quer dizer, eu não faço nada no período da tarde e se eu conseguisse um emprego além de ocupar o meu tempo eu iria ganhar dinheiro, então a ideia de arrumar um emprego naquele momento parecia tentador.
ㅡ Arrumar um emprego? ㅡ A Clara e a Bea repetiram em uníssono, ambas franziram o cenho.
ㅡ Sim ㅡ Eu dei de ombros como se não fosse grande coisa ㅡ Quer dizer.... Moramos sozinhas agora, não vamos depender dos nossos pais para sempre.
ㅡ Mas, eles mandam dinheiro para a gente toda mês ㅡ A Clara tentou.
ㅡ Exatamente! ㅡ Eu bati na mesa de leve ㅡ Isso é ridículo, somos maiores de idade e ainda dependemos do dinheiros dos nossos pais, quer dizer.... A gente se mudou com o propósito de ser dependente, certo?
As meninas concordaram com a cabeçã.
ㅡ Então... Acho que já esta na hora de parar de pegar no pé deles, como eu disse; não podemos depender dos nossos pais para sempre, além do mais.... ㅡ Falei empolgada ㅡ Eu adoraria compra alguma coisa com o meu dinheiro, feito do meu trabalho e suor. Se eu quero ser dependente eu preciso agir como tal.
ㅡ Gostei disso ㅡ A Bea se juntou ao dime da dependência, sorrir para ela. ㅡ Você sabe, Clara, eles já pagam a nossa faculdade, poderíamos bancar pelo menos as dispersas da casa.
ㅡ Isso! ㅡ Eu concordei.
ㅡ Mas..... ㅡ A Clara fechou a boca, depois abriu de novo em busca de um argumento bom, nenhum veio.
ㅡ Caramba, Clara ㅡ Eu disse ㅡ Parece até que trabalhar é a pior coisa da vida.
ㅡ Mas é! ㅡ Ela disse como se fosse óbvio ㅡ Eu não vou quebrar minhas unhas lindas limpando banheiros ou...ㅡ Ela fez uma careta ㅡ Lavando pratos gordurentos em restaurantes.
ㅡ Você tá parecendo uma completa preguiçosa, Clarinha ㅡ A Bea revirou os olhos ㅡ E não existe só esses trabalho.
ㅡ Rá, ta bom ㅡ A Clara usou o sarcasmo ㅡ Você acha mesmo que na nossa idade vamos conseguir um estágio como recepcionista de um hotel de luxo?
ㅡ Podemos tentar ㅡ Eu arrisquei.
ㅡ Me polpe, se polpe, nos polpe ㅡ Ela continuava usando o sarcasmo.
Respirei fundo, as vezes era difícil manter a paciência com Clara, ela era uma pessoa tão boa, porem, tão irritante....
ㅡ Tudo bem ㅡ Suspirei ㅡ Se você nao quiser trabalhar, não trabalhe. Eu sei que eu vou procurar um emprego para a minha pessoa, quer você achando legal ou não.
ㅡ Eu também vou! ㅡ A Bea disse.
ㅡ E onde exatamente vocês pretendem achar um emprego? ㅡ Ela ergueu uma das sobrancelhas ㅡ Vocês sabem que o mercado de trabalho esta em turbulência.
ㅡ Não precisa ser um emprego fixo ㅡ Eu respondi calmamente, estava tentando manter toda a calma possível para não dá na Clara. ㅡ Eu posso começar fazendo bicos, eu quero ser dependente sabe? Porque diferente de você, eu não vou ter os meus pais para sempre, senhorita pais eterno.
Eu acho que todos nós tentamos evitar a palavra "morte", ainda mais se estivéssemos falando dos nossos pais, eu queria que eles fossem eterno, não me imaginava sem a dona Lunna me dando brocas ou o Alex todo enciumado quando eu falava com um garoto, mas a "morte" era inevitável e todos nos sabemos que não da para evitar o inevitável, as vezes eu achava a palavra morte tão forte que tinha medo de pronunciaㅡla.
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No meu mundo louco
Teen FictionEduarda só quer saber de farra agora que, finalmente saiu de casa e está livre dos seus irmãos. Dividindo a casa com mais duas amigas ela se vê "curtindo a vida como sempre sonhou". Isso até ela conhecer ele. Cadu, um garoto que até então não q...