Assim que desce do ônibus fui recebida por dois corpos imensamente gigantes, rir e sorrir ao ser abraçada pelo meus irmãos. A gente só percebi que estar com saudades de uma coisa quando ver ela, ou quanto a perde, no meu caso, era a primeira opção.
Fechei meu punho e esmaguei na cabeça do Edu e em seguida na do Guto ㅡ Que agora preferia ser chamado por seu "verdadeiro" nome ou "Gu" ㅡ Eles resmungaram e tentaram se afastar do meu aperto mais eu os prendia forte.
ㅡ A seus pirralhos ㅡ Sorrir ㅡ Vocês estão tão grandes, parecem mais velhos do quê eu.
ㅡ Ei, mana ㅡ Edu conseguiu se soltar do meu aperto ㅡ Você parece estar bem mais pequena dês da última vez...
ㅡ Puta que pariu ㅡ Gustavo resmungou ㅡ Me solta, Duda.
O soltei, fingindo estar irritada.
ㅡ Vocês são uns ingratos... ㅡ Bufei ㅡ Eu aqui... Cheio de amor para dar e vocês me tratam assim...
ㅡ Você estava quase me esmagando com esses braços pequenos ㅡ Gu rebateu ㅡ Se isso é amor eu tô bem sem.
O Edu balançou a cabeça freneticamente em concordância.
Revirei os olhos.
ㅡ Cadê a mãe e o pai? ㅡ Perguntei.
ㅡ Se você não tá vendo eles aqui é porque estão em casa né.... Cheio de amor para dar um ao outro ㅡ Guto sorriu com malícia.
Ele era o mais idiota da família.
Fiz uma careta.
ㅡ Se a mãe só tivesse eu...ㅡ Comecei, fazendo um gesto de desdém com as mãos ㅡ Eu não estaria ouvindo essas basbaquices uma hora dessas.
Os dois riram, logo em seguida mudando de assunto.
ㅡ Não trouxe malas? ㅡ Edu perguntou.
ㅡ Não ㅡ Dei de ombros ㅡ Vou ficar só o fim de semana e ainda tenho algumas roupas aqui ㅡ Expliquei.
No caminho para a casa começamos a fazer perguntas uns aos outros, quando eu morava com os meus pais, mesmo sendo a mais velha os meus irmãos costumavam a pegar nó meu pé interferindo em muitos dos meus relacionamentos, claro que não era só eles, os irmãos da Clara e da Bea também, esse foi um dos motivos da gente querer fazer faculdade longe de casa. Agora o Gu estava terminando o ensino médio enquanto para o Edu faltava mais um ano, eles sempre foram unidos, por isso durante o caminho até em casa fiquei ouvindo o quanto era injusto o esperma dele ter chegado um ano atrasado.
Quanto finalmente chegamos suspirei aliviada, eu e o Edu déssemos do carro enquanto o Gu seguiu para a garagem, ele ainda não tinha idade suficiente para dirigir, mas o papai sempre deixava quando precisava resolver um problema e ele estivesse ocupado e não pudesse fazer, como ir me buscar na rodoviária.
Já estava noite, por isso quando entrei em casa todas as luzes estavam acesas, respirei fundo quando a saudades, mas uma vez, me bateu em cheio, olhei ao redor de toda a sala percebendo várias mudanças, havias vasos de flores decorando toda a sala e algumas luminárias em formatos estranhos, o sofá já não estava na mesma posição de antes, nem o raque ou a televisão.... Ou a mesa, ate mesmo a cor das paredes estavam diferente...
Eu sempre achei a minha casa cheia de vida, a dona Luna sempre fazia questão de redecora-la no ano novo fazendo jus a simbólica frase de "ano novo, vida nova", e o pai sempre confiava nela ㅡ Mesmo que ela enchesse a casa com mínis bonecos de doente e fadas ㅡ e que mudasse do avesso a deixando completamente ridícula. Agora, a minha mãe tinha a deixado em um tema completamente diferente dos antigos, a casa realmente era iluminada por todo lado, era como uma imensa árvore de Natal....
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No meu mundo louco
Teen FictionEduarda só quer saber de farra agora que, finalmente saiu de casa e está livre dos seus irmãos. Dividindo a casa com mais duas amigas ela se vê "curtindo a vida como sempre sonhou". Isso até ela conhecer ele. Cadu, um garoto que até então não q...