Me sentei no local mais distante daquela festa, longe do som alto, das bebidas, do cheiro de drogas e das pessoas... Poderia simplesmente ir embora ja que não conseguia ficar confortável naquele lugar, mas eu decidir provocar a mim mesma, afinal:
Cadê aquela Duda que amava festas? Amava se embebedar, amava dança e ficar com vários garotos?
Até pouco tempo atrás ela se apoderava do meu corpo, mas agora parecia que tinha tirado férias sem me consultar antes.
E eu não gostava daquilo, não gostava de me sentir vazia em um lugar que ate pouco tempo atrás era o meu local favorito.
por isso quando dois garotos passou segurando uma garrava de tequila na mão eu a peguei sem pensar, e quando eles me lançaram um olhar interrogativo eu apenas pisquei para eles tentando fazer a "sensual".
Quando percebi eu ja estava na 4 latinha de tequila, dançando envolta das várias pessoas suadas, relembrando os velhos tempos, sorrindo sem motivos.
Isso, é dessa Duda que eu gosto.
Senti alguém segurando a minha cintura e quando rodopiei ficando frente a frente com o dono da mão eu sorrir, continuei dançando, reconhecia o garoto de uma das aulas da faculdade, ja tinha o fragado olhando para mim algumas vezes, mas nunca me importei tanto, pois estava ocupada com outras coisas.
Mas agora, aquilo parecia perfeito, ele sorriu para mim, os seus olhos pequenos verdes se repuxou com o gesto, a sua boca se abriu revelando todos os seus dentes alinhados, ele tinha cabelos loiros, cabelos de anjos, encaracolados, eu gostava daquilo.
Ele dançou.
Eu dancei.
Ele me puxou mais para perto.
Eu aceitei.
Ele me beijou.
Eu o beijei.
O gosto de tequila da minha boca se juntou com a nicotina da sua, formando um sabor estranho, eu nunca fui fã de cigarros, confesso que achava garotos que fumavam atraentes, afinal; quem iria morrer antes dos 40 eram eles, não eu.
Ele desceu a mão para minha bunda e a apalpou, soltei um suspiro surpreso pelo gesto e arranhei de leve a sua nuca.
Ele sabia como beijar, não vou negar, mas por alguma razão eu achava aquilo errado, era como se eu estivesse cometendo um crime, e então uma frase veio a minha mente;
" se você acha que vou ficar correndo atrás de você, implorando migalhas de uma coisa que possa arrumar em qualquer outro lugar, esta enganado"
Aquela lembrança me incomodou de uma forma tão intensa que eu me vir parando o beijo e dando dois passos para tras, me distanciando do garoto.
Faziam exatamente duas semanas que não via ou falava com o Cadu, não me sentava mais com as meninas no intervalo da faculdade para não ter que esbarrar com ele, eu me sentava com a Lisa e seu grupo de amigos, que tinham se tornado os meus amigos também.
Era estranho pensar nisso, durante toda a minha vida as minhas únicas amigas sempre foram a Clara e a Bea, e pensar que estávamos tão distante agora, mesmo morando na mesma casa, me causava um desconforto.
Me livrei daquele pensamento percebendo que o garoto que eu tinha acabado de beija me fitava com o cenho franzido.
ㅡ Hum.... Foi legal o beijo, você beija super bem, mas tenho que ir agora, desculpa. ㅡ Falei cambaleando para longe dele sem esperar qualquer tipo de resposta, provavelmente amanhã me xingaria por isso, mas agora estava corajosa para falar qualquer coisa que me vinhesse a mente, sentia o alcoo correr sobre minhas veias, sentia um fogo desconhecido.
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No meu mundo louco
Genç KurguEduarda só quer saber de farra agora que, finalmente saiu de casa e está livre dos seus irmãos. Dividindo a casa com mais duas amigas ela se vê "curtindo a vida como sempre sonhou". Isso até ela conhecer ele. Cadu, um garoto que até então não q...