CAP° 1 ♡ L i v r e

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Coloco minha mala no chão admirando a enorme vista à minha frente. Sei que muitos estariam tristes, só em pensar que sairiam de casa, porém a única coisa que consigo pensar, é que finalmente terei a minha tão sonhada, liberdade.

Isso significa que meus pais vão parar de reclamar se eu chegar tarde, ou até mesmo chegar bêbada. Meus irmãos vão parar de pegar no meu pé sempre que me ver com um garoto, eu estou definitivamente livre.

A faculdade deveria ser um sinónimo de liberdade.

Um largo sorriso se forma em meu rosto, eu estou sentindo o cheirinho de coisas novas, amizades novas, boys novos, festas novas e isso tudo sem ninguém atrapalhar, não é demais?!

ㅡ Você tem certeza que vai ficar bem?

Dona Lunna pergunta preocupada.

Não vou negar que vou sentir muita falta da minha mãe, mas eu preciso seguir em frente - de preferência para uma festa, ou balada.

ㅡ Claro que sim, mãe!

Tranquilizo-a.

ㅡ E se você passar fome aqui?

ㅡ Os armários já estão cheio de miojo, e a Clara cozinha bem!

ㅡ Ainda não me conformo de vocês três quererem morar sozinhas! Tão longe da gente...

Reclama a tia Mikaela, mãe da Clara.

ㅡ Para de drama mãe!

Clarinha bufa do meu lado.

ㅡ Bea, você trouxe repelente? Acho que neste lugar tem muitas moscas de noite

Diz tia Ângela, madrasta da Bea.

ㅡ Isso aqui não é acampamento mãe, é uma casa, nao vai ter moscas, além do mais nem tem rio por perto.

A Bea revira os olhos.

Minha mãe, Tia Mikaela e Tia Ângela olham para nós com os olhos marejados, agora eu entendo o porque dos nossos pais não quererem entrar juntos com a gente para se despedir, as três começam a chorar e junto com elas começamos também, um poço de choradeira.

Deve ser difícil para uma mãe ficar longe da filha, por isso dessa vez eu não fiz nenhum tipo de piada de como elas eram molengas e emotivas, ao invés disso eu me juntei a todas elas e as abracei bem apertado.

Não era como se não fosse nos vermos nunca mais, só estávamos duas cidades mais distantes que elas, porém, mãe é mãe e não devo argumentar sobre isso.

ㅡ Vocês cresceram tão rapido... ㅡ elas disseram - ainda ontem, lembro de trocar as suas fraldas.

Fiz uma careta e me separei delas, limpando as lágrimas em meus olhos.

ㅡ Se vocês precisarem de alguma coisa, qualquer coisa ㅡ Começou a tia Ângela - Ligue para a gente ou para os seus irmãos. O Eric ficou muito preocupado em te deixar sozinha.

E com o "seus irmãos" ela se referiu à Eric, Lucas, Edu e Guto. Eric é filho da tia Ângela, o Lucas é filho da tia Mika e os dois patetas que sobraram são os meus irmãos super protetores, os quatro sempre pegaram no nosso pé, atrapalhando nossas festas, nossos esquemas, nossos namoros, até nossas bebidas eles davam um jeito de atrapalhar.

ㅡ Tá bom mãe!

Respondemos em uníssono. As três nos olhavam atentamente, como se estivessem à avaliar se o nosso estado psicótico estava bem e não iríamos jogar gasolina pela casa e depois acender um fósforo.

No meu mundo louco Onde histórias criam vida. Descubra agora