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Barbara

- Quando ocê ligo falando que vinha, quis ir até lá busca ocê. Pra chega segura. - ele me aconchegou em seus braços e eu me senti bem acolhida e protegida. - tá bem?

Eu concordei, mas sabia que minha cara de perdida dizia outra coisa. Eu não estava para conversas, não sentia vontade de estar aqui no momento e muito menos tinha coragem de contar sobre a gravidez.

- Acho melhor irmos. Minha mãe ficou lá? - ele concorda fazendo questão de pegar minha mala.

- Tem certeza que veio para dois dias? - se referiu a mala grande.

- É eu gosto desta mala, por isto a trouxe. - caminhamos para fora do aeroporto.

- Hum. Ocê num disse ainda porque veio?

- Quando chegarmos lá conto, não quero ter que repetir para minha mãe. - disse serena, mostrando que não quero papo.

Chegamos no seu velho carro e logo estamos na estrada novamente. No silêncio fiquei pensando em como cantar para eles, parece ser simples só falar que estou grávida. Mas não é, pelo menos para mim não vai ser, as palavras vão fugir é capaz deu até inventar uma coisa na hora para adiar isto. Merda por quê prometi a Alexis que abriria o jogo para eles?

- Sabia que sua mãe, tá me deixando pra fica com Richard? - ele disse indignado.

- Sério, que bom. Ela só está se dando uma chance para compartilhar o amor. - disse olhando a paisagem lá fora.

- É, mas se ela for. Quem vai cuida de ieu? - ele tirou um pouco a atenção do trânsito olhando para mim, como se eu tivesse a resposta.

- Você não acha que está grandinho, para ter uma babá ainda?

- Num quero babá. Só uma mulhê pra cuida deu. Quê a vaga não? - sua mão pousou em minha coxa.

- Não. - remexia​ desconfortável mas ele nem se quer tirou a mão de lá. Fui assim o caminho todo praticamente.

Liam ligou o rádio, ao perceber que não tinhamos assunto e sua mão voltou para o lugar que estava, o volante. A paisagem lá fora me enjoava, peguei o celular vendo que não tinha área, mesmo assim desbloqueio o mesmo, entrando e saindo de alguns aplicativos.

Saí do meu mundo paralelo, assim que uma música que eu me identifico, começou a tocar. Fui difícil não cantar, Pretty Girl da Maggie Lindemann.

- Eu posso jurar, eu posso brincar. Eu digo o que está em minha mente. Se eu beber, se eu fumar. Eu vou ficar com os caras. E você vai me vê segurando meu dedo do meio para o mundo. Eu não sou apenas uma menina bonita. - cantarolei ganhando a atenção dele, talvez fosse uma indireta da minha parte. - Às vezes é difícil para mim mostrar. Que há muito mais de mim do que as pessoas sabem. Alguns dias eu estou quebrada, alguns dias eu sou rica. Alguns dias eu sou bom, alguns dias eu posso ser uma cadela. Alguns dias eu sou forte, alguns dias eu desisto.

O carro parou no jardim de sua casa, sai do carro deixando que ele pegasse minhas coisas. Andei até entrar na casa, que não tinha mudado nada desde a última vez que estive aqui.

- Não imaginei que viria aqui com mais frequência. - cumprimento minha mãe que está alí na sala.

- É nem eu. Me disseram que a senhorita, não tem ficado muito nesta casa é verdade? - perguntei e ela negou.

- Na verdade já me mudei querida. Só vim aqui ver como estão as coisas. - eu até me assustei com sua rapidez. Minha mãe não perde tempo mesmo.

O Caipira  || Liam Payne ||Onde histórias criam vida. Descubra agora