- Michael Gordon Clifford, precisamos conversar. - faço uma voz séria. - Agora!
- Você não vai terminar comigo, né? - diz preocupado.
- Michael, eu... - me interrompe.
- Eu sei que não sou um namorado perfeito, mas eu te amo. - os olhos dele encheram de água. - Não me deixa, v-você é tudo q-que eu tenho. - diz gaguejando. - Eu... - o interempo.
- Michael! - grito. - Eu não vou deixar você, meu amor. Da onde você tirou isso?
- Você veio com esse papo de conversar, toda séria.
- Mas Mike, eu só ia perguntar aonde tem comida aqui. Eu to com fome, poxa. - digo, rindo.
- Ahn... É... - fica envergonhado.
- Você acha mesmo que eu vou largar de você?! Vai sonhando.
- Desculpa, é que... - ele se enrola. - Onde tem comida? Me deu fome também, que conhecidência, né? - muda de assunto, todo atrapalhado.
- Eu estava tentando te perguntar isso, mas você ficou sentimental. - debocho.
- Para, eu só achei errado. - tenta ficar bravo.
- Te amo, meu Gordon. - me aproximo dele, beijando seu pescoço.
- Sabe que eu não gosto de Gor... - tenta formular uma frase, mas não consegue. - Ei... - protesta.
- Ahn? - murmuro, ainda com meus lábios em seu pescoço.
Ele coloca as mãos na minha cintura, me afastando dele.
- Daqui dez minutos vou entrar pro show. Não vamos começar uma coisa pra deixar pela metade.
- Ah Mike... - digo manhosa.
- Bom. - ele começa. - Depois do show eu vou pra casa. - acaricia meu rosto. - Podemos começar algo lá, uhn?
- Estarei te aguardando baby. - mordo o lábio inferior dele. - Na nossa cama.
- Eu nunca quis que um show acabasse antes de começar.
Alguém bate na porta e grita
- Dois minutos, vamos! - o assistente de palco grita.
Clifford se levanta e me puxa. Coloca as mãos na minha cintura, beijando-me calmamente. Quando o ar se faz ausente, ele passa seus lábios na extensão do meu pescoço e morde minha orelha, suavemente.
- Até depois do show, amor. - diz, saindo do camarim.
Não consigo formar uma palavra sequer. Michael Clifford é a minha causa.