Matthew Espinosa

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- Matt, vem aqui passar o protetor, seu animal. - eu gritei, e ele gritou um "não" em resposta, me fazendo bufar. - Se você ficar ardido, eu vou rir da sua cara.

- Para de bancar a minha mãe, e vem aqui, a água ta quentinha. - ele disse, sorrindo.

- A água tá um gelo, só tem a gente nessa praia e eu quero ir embora.

- Para de ser chata, hoje é dia de semana, e você não vai embora, vai entrar aqui comigo. - ele disse, saindo da água com sua prancha.

- Não precisa, Matt, pode continuar surfando, eu vou ler meu livro e vou parar de te encher com o protetor solar.

- Se eu deixar você passar protetor em mim você entra? - ele perguntou manhoso, e eu balancei minha cabeça negativamente, causando um biquinho da parte dele. - Por favor, amor. - ele disse e eu o encarei, ele sabia que eu amava quando ele dava aqueles ataques de bebê apaixonado.

- Senta aqui. - eu disse, cedendo. Ele tirou sua roupa de surf até a cintura, e se sentou.

- Só não me deixa branco. - ele disse, e eu sorri.

- Mais?

- Sim, mais. - foi a vez dele sorrir.

Peguei o protetor e passei nas costas dele. Já disse que amava aquelas costas? Terminei de passar protetor ali, e fui subindo até chegar em seus ombros, passando o creme, pacientemente, indo para seus braços, e me levantei, me agachando de frente para ele. Passei em seu tórax, e por fim passei em seu rosto, lhe dando um selinho, antes de me levantar.

- Pronto. - eu disse, e ele ia se levantando, mas eu sentei de costas pra ele e prendi meu cabelo em um coque. - Sua vez. - estendi o protetor, fazendo ele rir.

- Abusada, você. - ele disse e eu sorri, enquanto ele pegava uma quantidade de creme e passava em minhas costas.

Ele fez o mesmo processo que o meu, e logo logo, estávamos andando em direção à água.

- Nossa, gelada, hein. - fiz meu drama, e ele revirou os olhos, pegando um pouco de água e tacando em mim. - Seu ridículo! - gritei.

- Você mereceu. - ele disse, rindo, e eu rebati, jogando um pouco mais de água, molhando seus cabelos.

- Ah não. - ele disse e eu gritei, tentando inutilmente correr na água, e ele nadou até mim, surpreendentemente rápido, e eu tentei me soltar que nem um peixinho, mas não deu certo.

- Matthew, me solta! - eu gritei, rindo.

Ele negou com a cabeça e nos derrubou na água, me fazendo ficar encharcada.

- Tá uma delícia essa água, né amor?

- Você me paga. - eu disse, tirando o cabelo dos olhos.

- Com certeza. - ele disse, revirando os olhos.

Matt se aproximou de mim e me abraçou.

- Me solta. - eu disse, séria, e ele me encarou, e se aproximou para me dar um beijo, mas eu desviei.

Consegui me soltar por baixo. Ele me encarou por uns segundos, e foi o tempo suficiente de lançar uma 'ondinha' em direção a ele, fazendo-o arregalar seus olhos, antes da água o engolir. Comecei a rir que nem louca, até ver que ele não voltava. - Matt? Matt? - coloquei minha cabeça dentro d'água, mas não vi nada. - Matthew? - quando voltei à superfície, olhei para todos os lados, e quando eu me virei...

- Te peguei! - ele me pegou no colo e eu comecei a gritar.

- Não faz mais isso comigo, seu idiota. - eu cruzei meus braços e fiz biquinho, fazendo-o rir.

- Own, meu amor ficou boladinha. - me deu um selinho. - Tá com fome?

- Não, eu quero ir pra casa ver TV, daqui a pouco o meu filme vai passar.

- Você vai ficar comigo aqui, por favor. - ele fez carinha de pidão.

- Chato, odeio todas essas suas carinhas.- eu disse, e ele riu.

- Também te amo. Vou ficar mais um pouco aqui.

- E eu vou pegar um pouco de sol. - eu disse, andando em direção à cadeira.

- Ta precisando mesmo. - ele disse, rindo, e eu dei dedo do meio pra ele, sem olhar para trás, e ele riu mais ainda.

Me deitei na cadeira e fechei meus olhos, deixando que o calor do sol me secasse. Após alguns minutos, o sol é tampado. Por tempo demais.

- Caralho, sol, cadê você? - eu perguntei pra mim mesma, e senti um pingo na testa, abri meus olhos, lentamente, e pude ver Matt segurando o riso. - Viado. - eu disse isso, e ele subiu em cima de mim, molhado e gelado.

- Repete. - ele disse baixinho, no meu ouvido, e eu fiquei arrepiada.

Não pela voz dele que havia ficado rouca, mas sim porque eu estava quente e ele geladérrimo.

- Não. Nossa amor, pega um sol aí comigo, você ta gelado.

- Não, não to afim de ficar no sol. - ele disse, se apoiando com os antebraços ao lado da minha cabeça.

- Ta afim de fazer o que então?

- Te beijar. - ele disse e aproximou nossos lábios, fazendo sua respiração bater em meus lábios, acabando com a distância entre eles, começando um beijo calmo.

Minhas pernas entrelaçaram com as dele e as ondas estavam fazendo um barulho, que combinavam com a gente no momento. Sem pressa, tranquilos. Ficamos assim, por um tempo, até nos separarmos por falta de ar.

- Já ta tarde.

- Para de quebrar o clima, amor. - ele resmungou e eu ri.

- Que tal a gente ir para a minha casa ver um filme, e, quem sabe, a gente não continua com esse clima?

- Amei a ideia. - ele disse, rindo, e nos levantamos, indo para o carro.

IMAGINES 1.0 - GRINGOSOnde histórias criam vida. Descubra agora