- John, o que foi? - pergunto, quando ele desvia da minha tentativa de abraçar ele.
- Nada. - responde, seco.
- Como nada? Você nunca recusa meus abraços, o que foi?
- Nada, que droga.
- Jack... - insisto.
- Já disse que não foi nada, porra! - esbraveja, levantando do sofá, irritado e indo para a cozinha.
Eu vou atrás, confusa e assustada, pelo ataque.
- Jack, o que tá acontecendo? Por que você está me tratando assim? - não responde, continua de costas. - Johnson!
Ele se vira, com raiva, e joga algo em mim, uma revista, que cai no chão, que pego em seguida, lendo a capa, que estava em letras grandes "Blair: A Traíra?" e, junto, uma foto minha, no parque, com meu irmão mais velho, abraçados.- Eu não acredito que você anda lendo essas porcarias!
- Você não acredita? Eu que não acredito que você está me traindo e nem tem a decência de esconder!
- Você realmente acredita nas baboseiras que eles escreveram aqui? Fala sério! Achei que você fosse mais inteligente! - retruco, irritada e magoada por ele acreditar naquilo.
- Além de me trair, vai me insultar? Vai se foder, Blair!
- Mas que porra, Johnson! Eu não estou te traindo, seu idiota, esse cara abraçado, nessa merda dessa foto, é o Taylor, meu irmão! Eu fui buscar ele no aeroporto e depois a gente foi passear! Só isso! - grito, levantando as mãos exasperada. - Mas se você não acredita em mim, procura em alguma revista de fofoca pra ver se é verdade! Babaca!
Pego minha bolsa, em cima da mesa, e me viro irritada, saindo da cozinha, Jack me segue e impede minha saída.
- O que é? Vai me acusar de mais alguma coisa? - me volto para ele, não conseguindo esconder a mágoa.
Ele me olha daquele jeito, aquele olhar de desculpas que me derrete.
- É verdade?
- O quê?
- Na foto, aquele cara é mesmo seu irmão?
- Não, é meu amante, a gente ia transar ali no parque, a revista não falou? - cuspo as palavras, irônica, mas me arrependo quando vejo o olhar magoado dele. - É, Johnson, ele é meu irmão.
- Então por que ele estava te abraçando daquele jeito? - pergunta, como uma criança mimada.
- Porque ele é meu irmão! Por deus, Jack! - reviro os olhos.
- Desculpa por ter desconfiado de você e o ataque. É que eu, você sabe... - não permito terminar sua frase e abraço ele, com força.
- Eu odeio quando você fica inseguro assim. - murmuro no ouvido dele, abraçando-o mais apertado.