Emilio Martinez

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Apoiei-me na bancada, enquanto bebia o restante do suco de laranja que eu havia feito. Abri o pote, onde estava os biscoitos, e retirei dois.

O Barulho da porta da sala sendo fechada atraiu-me a atenção, franzi a testa, deixando o suco e o biscoito de lado.

- Emi? - chamei, não obtendo resposta e caminhei até a sala, dando de cara com um Emilio esparramado pelo sofá, sorri fraco e andei até onde ele estava e me agachei perto do sofá. - Bebê? - passei a mão pelos seus cabelos, que estavam um pouco maior que o normal.

- Hm? - murmurou, levantando um pouco a cabeça para me ver.

- Como foi seu dia? - perguntei, vendo-o virar o corpo pra cima.

- Estressante, cansativo e tedioso. - enumerou com o dedo - E o seu?

- Passei o dia todo comendo.

- É um belo modo de se aproveitar as férias. - zombou. - Só não reclame quando eu não conseguir carregar você, quando acabar dormindo no sofá.

Revirei os olhos e ri ,batendo de leve em seu braço.

Passei a mão na sua coxa, fazendo um leve carinho ali, vendo Emilio fechar os olhos e sorrir, malicioso.

- Nem venha com esse sorriso. - o reprendi. - O senhor está aí, quase desmaiando de sono, sem mais esforços por hoje.

- Ok, senhorita. - levantou as mãos pra cima. - Mas, você não vai poder fugir quando eu estiver totalmente recuperado.

- Ok, senhor. - rimos. - Vamos para o quarto, esse sofá não é nenhum pouco confortável.

- Não. - resmungou. - Deita aqui comigo, depois você me faz um chá e uma massagem.

- Abusado.

Me deitei ao lado de Emilio, tentando achar uma posição confortável, o que era meio impossível. Sua mão direita pousou na minha cintura, me aproximando mais pra si.

- Canta pra mim? - ele pediu, pegando-me de surpresa.

Passei novamente minha mãos pelo seus cabelos, e suspirei. Deitei minha cabeça em seu peito, e comecei a cantarolar, baixinho, a primeira música de All Time Low que me veio na mente.

Terminei de cantar é levantei a cabeça olhando para Emilio, que sorria dormindo. Inclinei minha cabeça e dei um breve selinho em seus lábios. Tirei sua mão cuidadosamente de minha cintura d levantei-me do sofá. Caminhei até a cozinha, peguei duas xícaras e o saquinho do chá.

Voltei para a sala, com duas xícaras do chá, recém feito, e os deixei em cima da mesinha, perto do sofá. Fitei Emi, sentindo uma certa pena em ter que acordá-lo.

Sentei na beira do sofá e cutuquei levemente seu braço, em uma tentativa falha de despertá-lo.

- Ei. - me aproximei do seu rosto e distribuí beijinhos pela região. - Acorde meu bem, não vai querer tomar seu chá frio, vai? - me afastei um pouco para ver Emílio, que se mexia, dando sinais de que estava acordando.

Ele sentou no sofá, enquanto se espreguiçava.

- Me lembre de procurar um sofá mais confortável que esse. - falou, fazendo uma careta. - Acho que é essa a hora em que me fez uma massagem.

- Às vezes eu esqueço que tenho um namorado folgado. - peguei sua xícara e entreguei à ele, que murmurou um 'obrigado'.

Levantei do sofá e andei ao quarto, pegando um de meus cremes, que possuía um cheiro agradável. Caminhei de volta pra sala e me sentei por trás de Emilio, pedindo para que ele tirasse sua camisa.

Enquanto ele tirava a peça de roupa, eu colocava um pouco de creme em minhas mãos.

- Sabe, hoje foi um tão desagradável e... - gemeu ao sentir o creme gelado em suas costas. - Pessoas gritando pra lá e pra cá.

Emi começou a falar sobre o seu dia, vez ou outra eu ouvia xingamentos sair da sua boca. E eu só me preocupava em deixá-lo relaxado.

Aproximei de seu ouvido, ainda fazendo a massagem...

- Apenas relaxe, babe.

IMAGINES 1.0 - GRINGOSOnde histórias criam vida. Descubra agora